Estudantes postam foto de formatura com gesto obsceno e pedem desculpas na PB

Formandos do curso de direito publicaram em uma rede social uma foto de formatura em que faziam um gesto obsceno com as mãos, remetendo à genitália feminina. A imagem publicada no Instagram foi denunciada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Paraíba (OAB-PB), Paulo Maia, que criticou a turma de concluintes do curso de direito na UFCG, campus de Sousa, no Sertão paraibano.

Uma nota de retratação foi publicada neste domingo (15), na mesma rede social, pelos estudantes envolvidos no caso, afirmando que foram “de certo modo ingênuos ao não perceberem que tal imagem poderia trazer uma conotação negativa da imagem da mulher”. Em contato com a assessoria de comunicação da UFCG, mas a reportagem não recebeu resposta sobre o assunto até a manhã desta segunda-feira (16).

Em uma postagem no seu perfil pessoal em uma rede socoal, o presidente da OAB-PB destacou que os advogados são defensores do Estado Democrático de Direito, da cidadania, da moralidade, da boa fé, da Justiça e da paz social. “Não podemos assistir pacificamente a um ato de sexualização da imagem feminina que afronta as mulheres de um modo geral e não só as advogadas, com gestos obscenos relacionados à anatomia do seu sistema reprodutor, como se observa na foto postada”, explicou o presidente da OAB-PB.

Em contato com Paulo Maia  ele explicou que a foto de formatura com gesto obsceno é “coisificar o valor da mulher, um gesto que menospreza, que rebaixa enquanto ser humano. Vindo de um cidadão comum em si já é reprovável, mas quando tratamos de bacharéis em direito essa conduta é mais reprovável ainda”.

O Diretório Acadêmico do curso de direito do campus Sousa da UFCG também publicou em rede social que repudia a “atitude de alguns formandos do nosso curso ao expressarem em uma foto, atitudes misóginas, de sexualização da imagem feminina, pela utilização de gestos obscenos”.

Pedido de desculpas dos estudantes

Em nota, os estudantes envolvidos na foto com gesto obsceno afirma que “o referido gesto tratou- se de uma brincadeira em alusão a gesto difundido no meio do futebol”. A nota de retratação também explica que “em nenhum momento, nós, alunos e futuros profissionais do Direito, tivemos a intenção de ofender ou diminuir quem quer que seja, tampouco de difundir ou incentivar qualquer conduta ilícita ou misógina. Repudiamos toda e qualquer forma de violência!”.

A publicação foi excluída após as críticas. “De fato, após diversas críticas, percebemos que fomos de certo modo ingênuos ao não perceberem que tal imagem poderia trazer uma conotação negativa da imagem da mulher. Concordamos com muitas críticas e concluímos que nosso ato foi inapropriado e reprovável. Muitas críticas foram justas e nos ajudaram a reconhecer nosso erro, excluindo a publicação e pedindo desculpas públicas em nossas redes sociais. Entretanto, gostaríamos de frisar que estamos sendo alvos de críticas ou imputações que fogem da realidade na qual vivemos e praticamos, bem como da nossa personalidade. […] Como estudantes, cidadãos ou futuros profissionais do Direito somos mais do que tudo seres humanos, suscetíveis a erros. Portanto, reiteramos nosso pedido de desculpas e aproveitamos o ensejo para pedir a compreensão de todos neste momento tão delicado”.

CARIRI EM AÇÃO

Com G1 /Foto: Divulgação G1

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