Planos de saúde querem cobrar franquia sem limite nem pacote mínimo grátis

Entidades que reúnem planos de saúde aprovam as mudanças estudadas pelo governo para cobrar franquia e coparticipação em consultas e exames, mas não querem nenhum limite para as cobranças nem oferecer pacotes mínimos grátis (exceto para doenças crônicas).

O governo estuda permitir que as operadoras ofereçam planos com franquia, de forma semelhante a um seguro de carro. Para usar o plano, o cliente teria que pagar um valor adicional, além das mensalidades. A medida só valeria para novos contratos.

Também seria regulada a coparticipação, que significa pagar uma parte de consultas e exames (vários planos já fazem isso, mas não existe uma regulação formal). Só que haveria um limite legal para essas cobranças, o que as empresas não querem.

ito e sofrer processo de multa e autuação lá na frente”, diz Novais.

As exceções admitidas pela Abramge são internações e terapias para doenças crônicas, como hemodiálise e quimioterapia.

Governo e setor dizem que mensalidades serão mais baratas

A cobrança de franquia e coparticipação teria como objetivo, de acordo com a ANS, suprir lacunas e tornar mais clara a legislação, dar segurança jurídica ao setor e torná-lo mais sustentável, com o combate ao desperdício de recursos.

As entidades dizem que a expectativa é conter os gastos excessivos das operadoras e evitar que o cliente faça procedimentos sem realmente precisar.

São medidas educativas porque lembram as pessoas que cada uso do serviço médico tem um custo. Isso modera o uso e evita o desperdício
José Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde

Com a adoção das medidas, segundo ele, os preços das mensalidades dos planos ficarão mais baixos.

A ANS diz que há estudos indicando redução de 20% a 30% nas mensalidades em planos com coparticipação e franquia. A agência afirma que, após a implementação das mudanças, vai monitorar os preços e avaliar a necessidade de revisão da norma.

Para Novais, além de evitar desperdício, a coparticipação serviria para forçar o cliente a atuar mais ativamente quando usa serviços de saúde. “Hoje o beneficiário só recebe uma carteirinha e usa os serviços. Queremos que ele participe do processo e também questione o médico [quando ele solicitar procedimentos]”, diz.

Com Uol/Foto: Reprodução Internet

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