A residência que funcionou durante 16 anos recebia em média 90 pessoas por mês, com direito a refeição e dormitório se fosse preciso. Os usuários são principalmente do interior da Paraíba, onde é difícil encontrar o tratamento para a doença. De acordo com o diretor da casa, os recursos para comprar os alimentos e manter os empregados que faziam os serviços da casa eram repassados pelo Governo Estadual.
Silvestre Maia explicou ainda que chegou a ir a João Pessoa para tentar liberar o dinheiro, mas não obteve êxito. “ Fui surpreendido na esperança de liberar o recurso. Fui até a secretaria, que recebe os recursos vindo do Ministério da Saúde, mas eles não colocaram a dotação das ONGs, da sociedade civil e a gente está prejudicado” explicou.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde negou a suspensão de repasse do dinheiro à Casa de Apoio ao Portadores do vírus HIV em Campina Grande e explicou que o processo de pagamento está cumprindo algumas exigências legais para poder fazer o repasse a casa de apoio.
Um morador da cidade de Alagoa Grande, que preferiu não ser identificado, relatou que está desesperado com o fechamento da residência que servia de apoio para enfrentar a doença. “É uma tristeza porque há cinco anos que eu me encontro em tratamento, tenho todo apoio na casa, café, lanche, almoço e janta. Pra mim foi um desespero total. Como é que a gente que é soro positivo vai vir do interior e vai se deparar com quê? As portas fechadas?”, desabafou.
CARIRI EM AÇÃO
Com G1-PB/ Foto: Tv Paraíba
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