Poucas horas antes de entrar em vigor, um juiz federal dos Estados Unidos bloqueou temporariamente nesta quarta-feira (15/03) o novo veto migratório do presidente americano, Donald Trump.
O juiz Derrick Watson, do Havaí, ordenou a suspensão temporária da medida após um pedido do governo do estado, que argumenta que a restrição iria impedir que residentes recebessem visitas de cidadãos dos seis países citados no decreto e também prejudicaria a indústria do turismo e a capacidade do estado de recrutar estudantes e trabalhadores estrangeiros.
Watson divulgou a sua decisão depois de ouvir vários argumentos a pedido do estado do Havaí, que solicitou a suspensão da ordem presidencial.
Depois de uma batalha judicial que terminou com a manutenção da suspensão do primeiro decreto que estipulou o veto migratório a cidadãos de sete países com maioria muçulmana (Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irã e Iêmen), Trump reformulou a proposta e assinou no início deste mês uma ordem executiva semelhante.
O novo decreto entraria em vigor em 16 de março, em substituição ao polêmico veto migratório emitido em 27 de janeiro. Por 90 dias, estariam proibidos de entrar nos EUA cidadãos de Irã, Somália, Iêmen, Líbia, Síria e Sudão. A principal mudança foi a retirada do Iraque da lista.
Assim como na primeira tentativa, a nova ordem executiva deve enfrentar grandes resistências. Vários estados americanos foram à Justiça para tentar impedir que o decreto entre em vigor. Entre eles estão, além do Havaí, Washington e Maryland, que alega que é medida é inconstitucional e discriminatória contra muçulmanos.
Ao contrário do primeiro veto, a nova ordem executiva não afeta os cidadãos que já possuem residência permanente nos EUA e modifica a questão referente aos refugiados sírios, que terão a entrada proibida nos EUA durante 120 dias e não de forma definitiva, como estava no texto original.
Em defesa da nova ordem de Trump, o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, declarou, após a assinatura do documento, que o veto era uma medida vital para o fortalecimento da segurança nacional americana.
CARIRI EM AÇÃO
Com MSN / Foto: Reprodução Google
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