Candidatos já podem ver espelho da correção da redação do Enem 2016

Os candidatos que participaram do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016 já podem acessar a partir desta terça-feira (11) o espelho da correção de suas redações no site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pequisas Educacionais Anísio Teixeira).

Os participantes podem consultar a correção detalhada da prova na página do participante e clicar em vista pedagógica. Para acessar, basta o candidato inserir o número do CPF e a senha. Caso tenha perdido a senha é possível recuperá-la no próprio sistema.

No exame do Enem, os participantes tiveram que dissertar sobre o tema “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. Por causa das ocupações das escolas, uma segunda prova foi realizada em dezembro sobre com o tema discriminação racial.

Pelas regras do exame, o espelho serve apenas para que os estudantes possam saber como se saíram -eles não podem recorrer do resultado. No espelho, os candidatos poderão verificar a nota em cada uma das competências avaliadas e comparar seu desempenho com o dos demais. As provas recebem nota de 0 a 1.000.

Desde o dia 18 de janeiro, os candidatos já têm acesso à nota da prova. Agora, para fins pedagógicos, terão acesso a mais detalhes da correção. As redações são avaliadas por dois corretores independentes, que atribuem nota de 0 a 200 pontos para cada uma das cinco competências que estruturam o exame. A nota total de cada corretor é a soma das cinco competências avaliadas.

Os candidatos são avaliados, entre outras questões, quanto ao domínio da escrita formal, elaboração da proposta em respeito aos direitos humanos, elaboração de proposta de intervenção para o problema abordado e defesa do ponto de vista.

Caso haja divergência entre as notas dos corretores em mais de 100 pontos na nota total, ou uma diferença de mais de 80 pontos em qualquer uma das competências, é feita mais uma correção, a terceira. Se a diferença persistir, o texto é encaminhado a uma banca especial, formada por três novos membros, que atribuirá a nota final. Nos casos em que não há discrepância, a nota final do participante é a média das notas dos dois primeiros corretores.

INSCRIÇÃO

A taxa de inscrição para o Enem 2017 teve aumento de 20,6%, passando de R$ 68 para R$ 82. O Inep atribui o aumento da taxa à ausência de reajuste entre 2004 e 2014 e ao valor inferior às despesas com a prova nos dois anos seguintes.

“Não tivemos nenhum aumento nos anos anteriores, e por isso fizemos a correção agora. Mesmo com esse valor de R$ 82, o governo ainda deve complementar o investimento”, diz Eunice Santos, diretora de gestão e planejamento do Inep.

Segundo o edital, as inscrições para o Enem iniciam em 8 de maio e seguem até o dia 19. Além da taxa, a nova edição terá mudanças no processo de inscrição e no modelo de realização das provas. Pela primeira vez, o Enem deve ocorrer em dois domingos, 5 e 12 de novembro, e não mais em um só fim de semana.

A ordem das provas também mudou: o primeiro dia será reservado às provas de redação, linguagens e ciências humanas, enquanto o segundo terá matemática e ciências da natureza. Até o ano passado, as provas de redação eram aplicadas apenas no segundo dia.

Participantes também devem receber neste ano uma prova personalizada, com nome e número de inscrição impresso no papel. Com isso, não será mais preciso, por exemplo, escrever a cor de cada caderno de questão para preencher o gabarito das provas. No entanto, ainda será preciso escrever uma frase de segurança informada no caderno de questões.

A próxima edição do Enem também traz alterações no processo de inscrição para os candidatos que solicitam isenção da taxa ou atendimento especializado -como tempo adicional de provas. Até então, a gratuidade na inscrição era solicitada apenas por meio de autodeclaração de baixa renda.

Além disso, o ministério passará a exigir o número de cadastro no CadÚnico, plataforma do Ministério de Desenvolvimento Social que reúne dados sobre famílias de baixa renda, para os candidatos que solicitarem isenção da taxa ou atendimento especializado -como tempo adicional de provas. Até então, a gratuidade na inscrição era solicitada apenas por meio de autodeclaração de baixa renda. Já para estudantes concluintes do ensino médio de escolas públicas, que também têm direito à isenção, nada muda.

O instituto também aumentou o rigor com quem solicita a isenção, mas deixa de comparecer às provas. A partir de 2018, candidatos que tiverem solicitado a gratuidade no ano anterior e faltaram nas provas terão que apresentar justificativas para a ausência, sob risco de perder a isenção.

Outra alteração ocorre para alunos que precisam de atendimento especializado e que precisam de tempo adicional para realização das provas. Antes, esse pedido era feito no dia do exame. Agora, a solicitação de tempo adicional deve ocorrer já no momento da inscrição, junto com documento que comprove o motivo do pedido.

A medida vale para deficientes, pessoas com deficit de atenção, dislexia, autismo, entre outras condições.

O Inep também avalia oferecer, neste ano, um dispositivo em vídeo com a tradução do Enem na linguagem de sinais para participantes com deficiência auditiva. O teste ocorre em caráter experimental, sem prejuízo da oferta de intérprete como nos anos anteriores. Com informações da Folhapress.