São necessários 342 votos para que a Câmara dos Deputados autorize a abertura de processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Temer é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, da prática de corrupção passiva. Para salvar a própria pele, neste primeiro processo, o presidente precisa da negativa ou da ausência de 172 parlamentares na sessão. Os aliados dele acham esse número bastante razoável de ser conseguido. Acreditam, inclusive, que vão conseguir muito mais. Apesar de ser o presidente mais impopular da história recente do país, amargando míseros 5% de aprovação, segundo o Ibope, ele tem usado como ninguém a caneta que dispõe.
Já acertou com todos os ministros com mandato na Câmara dos Deputados para voltarem à Casa. A medida foi usada também por Dilma Rousseff (PT) para tentar escapar do impeachment. Ela, no entanto, era menos habilidosa no agrado aos parlamentares. Entenda isso, também, como promessa de perdão de dívidas com a União e mudanças nas regras de demarcações, pautas que agradam a empresários e ruralistas. Não tem faltado dinheiro para ajuda às bases dos parlamentares nos estados, apesar do déficit de R$ 139 bilhões nas contas públicas. E para isso ainda dependendo do reajuste de PIS e Cofins negado e depois liberado pela Justiça. O que não faltam são fatos que corroboram com a necessidade de autorização do processo. Mesmo assim, dificilmente ele sairá do papel.
Os ministros convocados para retornarem à Câmara dos Deputados são Antonio Imbassahy, do PSDB (Secretaria de Governo), Bruno Araújo, do PSDB (Cidades), Maurício Quintella, do PR (Transportes), Osmar Terra, do PMDB (Desenvolvimento Social), Leonardo Picciani, do PMDB (Esporte), Raul Jungmann, do PPS (Defesa), Mendonça Filho, do DEM (Educação), Ronaldo Nogueira, do PTB (Trabalho e Emprego), Ricardo Barros, do PP (Saúde), Fernando Coelho Filho, do PSB (Minas e Energia), Sarney Filho, do PV (Meio Ambiente), e Marx Beltrão, do PMDB (Turismo).
Veja os números da última pesquisa Ibope sobre a avaliação do presidente Michel Temer (PMDB):
Ótimo/bom: 5%Regular: 21%Ruim/péssimo: 70%Não sabe/não respondeu: 3%
Esta é a pior avaliação de um presidente desde 1986, quando foi iniciada a série histórica. A outra marca outra marca de fundo de poço registrada foi de outro peemedebista, também feito presidente após disputar o cargo na condição de vice, José Sarney (AP). Ele alcançou a marca de 7% de aprovação em 1989.
CARIRI EM AÇÃO
Com Resumo PB /Foto: Google
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