O presidente Michel Temer comunicou comunicou a área política da decisão de elevar as metas fiscais de 2017 e 2018 para R$ 159 bilhões, em cada ano, aumentando o rombo nas contas públicas. Temer se reuniu com ministros das áreas política e econômica e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou o dia no Rio de Janeiro, mas chegara ao final para o encontro. Temer recebeu apoio para medidas fiscais, mas teve que ouvir da área política que não há espaço para aumento de impostos. Segundo participantes do encontro,o déficit será o mesmo de 2016, ou seja de R$ 159 bilhões.
Para 2017, a elevação é de R$ 20 bilhões porque a meta original é de R$ 139 bilhões. Para 2018, a elevação é de 30 bilhões, porque a meta projetada seria de 129 bilhões.
Uma das novidades a ser anunciada ainda hoje é a geração de receitas extras, ou a antecipação de receitas em três vertentes: aeroportos, fundos de investimentos e hidrelétricas hoje cotizadas.
A área econômica detalhou a difícil situação fiscal. O presidente do Senado foi enfático, segundo participantes, ao deixar claro que não há espaço político para aumento de impostos. Isso fez com que Temer adotasse o discurso de que só tomaria as medidas que tivessem o apoio do Congresso.
A área econômica apresentou uma cesta detalhada de opções, que inicialmente incluía elevação de tributos.
A reunião foi longa e extraagenda. O encontro, no Palácio do Jaburu, começou já na noite e terminou depois da meia-noite,
Ministros foram chamados ao longo do domingo, Dia dos Pais. Além de Henrique Meirelles (Fazenda), participaram os ministros Eliseu Padiha (Casa Civil), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), entre outros.
Segundo as projeções apresentadas, o rombo poderia chegar a R$ 202,9 bilhões, por causa da Previdência, o que gera necessidade de cortes e outras ginásticas orçamentárias.
“A equipe econômica disse que sem a concordância do presidente do Congresso ficou difícil insistir em aumento de imposto”, contou um dos participantes da reunião.
Temer acabou adotando a posição da área econômica sobre a meta, frustrando integrantes da área política como o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que queriam elevar os gastos, ao elevar o rombo. Afinal, 2017 é ano pré-eleitoral. E 2018, é a eleição.
CARIRI EM AÇÃO
Com Época Negócios/Foto: Google
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