Prefeita de Santa Luzia é presa por suspeita de envolvimento em morte de jornalista

A prefeita de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Roseli Ferreira Pimentel (PSB), foi presa na manhã desta quinta-feira (7), por suspeita de envolvimento na morte de um jornalista em agosto do ano passado.

Roseli estava em casa na hora da prisão e foi levada para uma delegacia na capital mineira. Ela vai passar pelo Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e depois será encaminhada a um presídio.

A Polícia Civil disse que cumpriu o mandado de prisão preventiva contra a prefeita, que foi expedido pelo desembargador da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Alexandre Victor de Carvalho, após parecer favorável do procurador de Justiça Henrique da Cruz German.

Ainda segundo a polícia, durante a operação também foram presos outros três homens suspeitos. Eles são investigados no inquérito policial instaurado em razão do homicídio do jornalista Maurício Campos Rosa, do jornal O Grito, crime ocorrido em 17 de agosto do ano passado, em Santa Luzia.

Os presos foram encaminhados ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde serão ouvidos.

O delegado responsável pelo inquérito policial, César Matoso, irá se manifestar somente após finalizadas as medidas sigilosas referentes à investigação.

Roseli teve o mandato cassado cinco vezes e ainda estava no cargo por causa de liminar. Ela e o vice-prefeito, Fernando César de Almeida Nunes Rezende (PRB) são acusados de captação ou gasto ilícito de recursos financeiros na campanha eleitoral.

Outra condenação

Roseli já havia sido condenada em primeira instância por outra irregularidade. Neste ação, ela foi considerada culpada de ter determinado, por meio de mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as eleições.

Segundo a juíza eleitoral Arlete Aparecida da Silva Coura, houve abuso de poder político e econômico. Ela teria se aproveitado de sua influência política e dos recursos municipais para favorecer a sua candidatura. A prefeita é acusada de ter determinado, através de mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as eleições.

De acordo com a decisão judicial, “comentários compartilhados e as experiências narradas demonstram que as servidoras públicas em questão realizaram campanha eleitoral valendo-se dos cargos por elas exercidos na rede municipal de ensino”.

A prefeita e o vice foram declarados inelegíveis por oito anos e ainda foram condenados a pagar multa de R$ 15 mil.

CARIRI EM AÇÃO

Com G1 /Foto: Google

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