De acordo com a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Lígia Macedo, o objetivo da audiência é identificar quais mudanças foram implementadas após os dois eventos que resultaram em fuga e mortes. “A intenção é discutir a socieducação na Paraíba e as medidas que devem ser tomadas. Fizemos no dia 14 de julho um relatório sobre o ocorrido com diversas recomendações de acordo com a responsabilidade de cada órgão estatal. Estamos cobrando essa responsabilidade, mas também é um momento para que essas entidades também falem e apresentem as mudanças que fizeram ou que não fizeram”, disse.
Para o presidente da OAB, Jairo Oliveira, a internação dos adolescentes precisa ser pensada de maneira humana. “A tarefa da Ordem é justamente estar discutindo os grandes eventos sociais, cobrando das autoridades e ajudando a resolver e apresentar soluções. Muitas vezes aqueles que cometem delito e mais ainda os menores, são tratados nem como animais. E o que é pior: achamos nós que a solução está em prender e que o destino cuide. Aqueles que tratamos como lixo humano, mais cedo ou mais tarde retornarão ao convívio da sociedade”, opinou Jairo.
De acordo com o diretor da unidade Lar do Garoto, Lúcio Ávila, o processo de ampliação está acontecendo. “O projeto Senai iniciou em janeiro através de uma parceria com Ministério do Trabalho. Após a rebelião foi implantado o projeto da Escola Cidadã, que é uma escola em caráter integral com 17 professores que ficam de segunda à sexta na unidade. É um projeto pioneiro no Brasil. A ampliação está sendo concluída, já bem avançada e
Em junho deste ano, duas rebeliões em dias alternados resultaram na morte de 7 adolescentes e a fuga de outros 10. Dois deles foram recapturados. Atualmente a unidade conta com 127, sendo 97 definitivos e 30 provisórios. A capacidade do local é para 90 internos.
CARIRI EM AÇÃO
Com Correio da Paraíba /Foto: Google
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