Senador José Maranhão Alerta para Atraso da Educação brasileira em Tecnologia

“O ensino oficial público no Brasil é uma fábrica de frustrados”, afirmou o senador José Maranhão no Plenário do Senado nesta quinta-feira, ao destacar que dos jovens que concluem o ensino médio no País, apenas 12% a 13% acessam o curso superior. Para o senador, o Brasil está um século atrasado no ensino, considerando a utilidade dos cursos oferecidos e, sobretudo, a afinação com o ambiente internacional de tecnologia avançada.

Ao apartear discurso do senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, sobre Educação, José Maranhão ressaltou que enquanto o ensino no Brasil está muito distante do cenário internacional, outros países emergentes já conseguiram alcançar uma posição.  “Além da Coreia do Sul, poderíamos citar todos os tigres asiáticos e a própria China continental, que conquistaram uma liderança no ranking do domínio de ciência e tecnologia. Não há espaço no mundo de hoje para quem, saindo dos bancos escolares ou das universidades, não se mostrou capaz de acompanhar esse desenvolvimento”, acrescentou José Maranhão.

O senador lembrou que o Brasil é um grande importador de tecnologia, de produtos manufaturados, que muitas vezes ganham apenas um selo de feito no Brasil, quando nem sequer a caixa é produzida no País. “Nós somos um dos países que tem o maior número de aparelhos de telefone celular. E não se conhece nenhum desses aparelhos que hoje dominam os mercados do mundo, inclusive o brasileiro, que tenha sido fruto de um projeto saído de inventores e de tecnólogos, cientistas nacionais. Isso é uma coisa lamentável. Ou o Brasil se apercebe disso e imediatamente corrige essa rota que está errada, ou então nós vamos continuar sendo um mero importador de produtos acabados e construídos em outros países, com evasão de divisas crônica”, afirmou.

José Maranhão afirmou que é ainda o setor primário, de produtos agropecuários, que sustenta as exportações brasileiras. Ele lamenta, porém, que mesmo no setor primário o País tenha optado praticamente pela monocultura da soja. “Nós não sabemos no futuro o que vai acontecer com a soja mesmo porque o Brasil não está utilizando como deveria fazê-lo em relação aos subprodutos da soja, ou também da cana-de-açúcar e outros, para ter produtos novos, como aconteceu com a indústria petrolífera no mundo todo”, concluiu.

CARIRI EM AÇÃO

Com Ascom/Foto: Reprodução Google  

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