De outubro de 2007 a outubro de 2017, o número de eleitores na Paraíba pulou de 2.589.087 para 2.908.064, o que representa um crescimento de 12,32%. O percentual é o segundo menor do Nordeste, ficando`na frente apenas de Pernambuco cujo eleitorado aumentou 11,2%, no mesmo período. No ranking nacional, foi o quinto menor crescimento, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em 10 anos, os pernambucanos saltaram de 5.881.669 para 6.543.022 eleitores. Ainda em termos percentuais, o número de votantes no estado do Ceará foi o que mais cresceu na região nordestina, chegando a 17,9%, seguido por Sergipe (17,2%), seguido pela Bahia (17,04%), Maranhão (15,7%), Rio Grande do Norte (13,36%), Alagoas (13,3%) e Piauí (12,4%).
Nacional
Levando em conta os 26 estados e o Distrito Federal, a Paraíba apresentou o quinto menor crescimento de eleitores, em uma década. Ficou na dianteira do Rio Grande do Sul (7,2%), Paraná (10,8%), Rio de Janeiro (10,2%) e Pernambuco (11,2%).
Nos últimos dez anos, os maiores índices de crescimento de votantes foram registrados pelo TSE nos estados de Roraima (40,8%), Amapá (33,9%), Pará (29,7%), Acre (28,7%) e Amazonas (28,3%).
Apenas 8% dos votantes paraibanos têm ensino superior
Os dados do TSE ainda mostram que o número de eleitores analfabetos na Paraíba é maior do que aqueles que têm ensino superior. Dos mais de 2,9 milhões de eleitores da Paraíba, 246,7 mil (8,4%) são analfabetos, enquanto 235,4 mil (8%) tem ensino superior.
Além disso, outtros 500 mil (17,7%) apenas sabem ler e escrever. Os dados mostra também que 51,4% dos eleitores da Paraíba não têm o ensino fundamental, enquanto 577 mil votantes (19,8%) completaram o ensino médio.
Já 330 mil (11,3%) disseram não ter concluído essa etapa. Em relação ao ensino superior, 235 mil (8%) têm diploma e 148 mil (4,9%) iniciaram a graduação, mas não concluíram o curso universitário. Do total de eleitores, 113 não informaram o grau de instrução.
Voto limitado
O cientista político e professor da Universidade Federal de Campina Grande, Fábio Machado, supõe que, tanto para os analfabetos quanto àqueles que só sabem ler e escrever, as dificuldades aumentam pelos limites impostos à informação e, consequentemente, à formação de uma opinião melhor qualificada sobre os candidatos, partidos e propostas de campanha.
Segundo ele, a maioria dos eleitores não tem acesso direto aos veículos de comunicação impressos e a leituras mais qualificadas e aprofundadas sobre matérias relativas ao ‘mundo político’ e a realidade social e econômica.
“ Assim, suponho que esses eleitores, de uma maneira geral, tenham mais dificuldades e avaliar o status quo e fazer escolhas mais conscientes”, justifica Fábio Machado.
CARIRI EM AÇÃO
Com Jornal da Paraíba /Foto: Google
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