‘Paraíba registrou 74 assassinatos de mulheres neste ano’, diz secretária

A Paraíba registrou, neste ano, nada menos que 74 homicídios de mulheres. O dado foi repassado pela secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa, Lígia Moura. A gestão municipal está lançando nesta segunda-feira (11) a Ronda Maria da Penha, com o apoio do Tribunal de Justiça. O serviço terá o objetivo de dar suporte às vítimas de violência que tiverem conseguido, na Justiça, a concessão de medidas protetivas. Neste caso, elas passarão a ser monitoradas por uma equipe multidisciplinar, que se encarregará, em último caso, de acionar a Polícia Militar para garantir a segurança da mulher.

A Ronda Maria da Penha vai atuar da seguinte forma: após o agressor ser notificado pela Justiça, uma equipe irá entrar em contato com a vítima para que ela autorize a receber um acompanhamento. A vítima receberá visitas periódicas e será monitorada tanto presencialmente quanto por telefone. Além disso, as vitimas receberão um número de telefone de Whatssap, que não será divulgado ao público, para que entrem em contato direto com a Ronda, caso se sintam ameaçadas. A capital paraibana, segundo a secretaria, registra um terço dos casos de homicídios de mulheres do Estado.

“A Ronda ficará por perto até que o agressor se afaste e se for necessário acionará o Ciop (Centro Integrado De Operações Policiais). Muitas vezes, após ser denunciado, o agressor volta ainda mais violento”, explica a secretária Lídia Moura, da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM). A equipe da ronda conta com assistente social, advogado e guardas municipais. As mulheres também serão colocadas na rede de atendimento, para garantir, por exemplo, que os filhos sejam atendidos na rede pública e ela tenha atendimento de saúde nos hospitais do município.

“Então, acreditamos que o agressor sabendo que as mulheres têm medida protetiva, nós continuamos olhando a vida delas, ele tende a se afastar, porque no momento em que identificarmos ele, vamos acionar a Justiça. E descumprimento de medida judicial, que é a medida protetiva, implica em consequências judiciais que podem até levá-lo à cadeia”, ressaltou Lídia Moura. “A mulher saberá que não está sozinha contra o agressor”, afirma.

CARIRI EM AÇÃO

Com Jornal da Paraíba /Foto: Google  

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