Meirelles admite alta de impostos por meta fiscal

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou nesta quinta-feira rumores de que a agência Standard & Poor’s tenha antecipado um rebaixamento do Brasil em função do adiamento da votação da reforma da Previdência, que ficou para fevereiro no Congresso. Meirelles disse ter garantido à instituição que a meta fiscal e o teto de gastos serão cumpridos, nem que para isso seja necessário recorrer a um eventual aumento de impostos e contingenciamentos.

— Não procede a informação de que teria havido uma antecipação de qualquer movimento de rating — afirmou Meirelles.

— Frisei para as agências que na área de arrecadação existem mais alternativas, essa é uma questão que será enfrentada de outras maneiras. Porque, decerto, se pode aumentar impostos de outra área, de outra forma, e que não estejam sujeitos à anualidade — afirmou o ministro, comentando a dificuldade de aprovar a tributação de fundos exclusivos.

— Não temos no momento uma decisão: ‘vai aumentar imposto’. Existem alternativas que estão sendo estudadas pela Recita Federal — emendou Meirelles.

Ele disse que que apenas vem atualizando as agências de risco sobre a evolução de pautas internas do país, como a reforma e o reajuste dos servidores.

— Na realidade, o que fizemos foi uma atualização para as três agências (Moody’s, Fitch e Standard & Poor’s). Expliquei exatamente qual foi a razão e a dinâmica da votação da Previdência ser marcada para fevereiro.

Meirelles evitou definir o que considera um prazo limite para a votação da reforma da Previdência, mas colocou o início do segundo semestre de 2018, quando começa oficialmente a corrida eleitoral, como um cenário inviável:

— É difícil dizer que se passar de fevereiro ou março, não anda mais (…). Tem chande de votar em agosto? Aí acho que não. Depois das convenções partidárias, é normal que os parlamentares estejam muito dedicados ao processo eleitoral.

Sobre o impasse em relação ao reajuste dos servidores, o ministro afirmou que, independentemente da medida judicial que a Advocacia-Geral da União (AGU) estuda tomar, o governo tem “alternativa” caso o aumento seja confirmado e amplie ainda mais o rombo fiscal.

— Em última análise, pode-se estudar outras coisas, inclusive o que foi feito este ano, o contingenciamento. A mensagem é: vamos cumprir a meta fiscal e o teto, evidentemente -afirmou Meirelles

CARIRI EM AÇÃO

Com O Globo/Foto: Reprodução google  

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