Os vice-presidentes da Caixa afastados nesta terça (16) negaram envolvimento em irregularidades.Em nota, Antônio Carlos Ferreira, vice da área Corporativa, disse que é servidor efetivo da Caixa, à qual tem prestado serviços “com ética e dedicação” há 35 anos.
O executivo afirmou que sua “única ligação” com o PRB foi “ideológica”. “Esse partido apoiou a intensa luta pela implantação de uma cultura profissional e de governança, pautada sempre na honestidade e discrição. Me incentivou e encorajou a enfrentar de peito aberto os percalços causados por aqueles que disseminaram a corrupção naquela instituição”, sustentou.
Ferreira disse que, diferentemente do propagado pelo Ministério Público Federal, enfrentou com “veemência” as “absurdas exigências” do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) assim que foi nomeado.
“Tenho a convicção de que esse transtorno pelo qual passo neste momento representa o ápice da minha luta, o momento da batalha decisiva, e só interessa aqueles que se alimentam com o desgaste da Caixa e de seus quase 90 mil servidores honestos”, reclamou.
O vice-presidente se colocou à inteira disposição para esclarecimentos ao Ministério Público e alegou jamais ter sido intimado a depor.
“O próprio relatório do escritório de advocacia Pinheiro Netto, que prestou serviços independentes de auditoria na Caixa, conclui que não há indícios de qualquer crime cometido por mim. Os pontos surpreendentemente citados pelo MPF não constam da conclusão dos trabalhos do escritório. Sou inocente”, concluiu.
José Henrique Marques da Cruz, vice da área de Clientes, Negócios e Transformação Digital, informou que abriu mão de seus sigilos e apresentou “imediatamente” manifestação documentada, esclarecendo que as mensagens alvo da investigação “não se referiam à sua pessoa”.
Ele sustenta que sua nomeação foi de caráter técnico, em função do seu “histórico curricular e funcional de mais de 28 anos na instituição”.
O executivo foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na Operação Cui Bono. Ele é citado em mensagens do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e de Cunha como um suposto auxiliar na liberação de recursos da Caixa para empresas da J&F, suspeita de pagar propina aos emedebistas.
Geddel teria procurado Marques e, em seguida, afirmado para Cunha que o executivo estava “comprometido a assinar cédula de crédito bancário” para empresas do grupo “no dia seguinte”.
“O relatório de investigação independente conduzido pelo escritório Pinheiro Neto, após todas as análises documentais e das mensagens trocadas pelos investigados, registrou que ‘José Henrique Marques da Cruz apresentou esclarecimentos verossímeis a respeito da troca de mensagens; que não foi possível identificar um risco específico em sua atuação”, concluindo com ‘entendemos que não há recomendações em relação a José Henrique Marques da Cruz neste momento'”, comentou.
Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias) informou que não comenta assuntos submetidos ao exame do MP.
CARIRI EM AÇÃO
Com Notícias ao Minuto/Foto: Reuters
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