Normalmente não dispensamos a esses fiéis escudeiros a atenção que merecem. Pior: quase sempre os ignoramos, quando não os castigamos com excesso de peso e sapatos que são verdadeiros instrumentos de tortura. Mas ainda está em tempo de tratar melhor os pés, que depois dos 50 exibem os tristes resultados de décadas de negligência. Pacientes diabéticos já são orientados pelos médicos para redobrar os cuidados com essa parte do corpo, mas mesmo quem não sofre da doença ou de problemas como joanetes ou artrose deve tomar precauções. Não perca seus pés de vista: depois do banho, enxugue bem entre os dedos, porque a umidade facilita a proliferação de fungos. Verifique se a pele apresenta bolhas, manchas avermelhadas ou algum ferimento. E aprenda a tratá-los com mais carinho, porque são fundamentais para nos manter ativos:
1) Hidratação: conforme envelhecemos, a pele vai ficando mais seca e fina. Pequenas rachaduras servem de porta de entrada para bactérias. Use uma loção apropriada para a região e aproveite para massagear a área, mas não deixe creme acumulado entre os dedos. Há produtos específicos para a pele excessivamente ressecada: você pode aplicar à noite, antes de dormir, e usar meias para garantir a sua absorção.
2) Unhas: elas também ficam mais frágeis e devem ser aparadas com atenção, em linha reta e sem aprofundar nos cantos, para não encravarem. O ideal é contar com um bom podólogo, mas, se isso não for possível, corte as unhas depois do banho, quando estão mais macias, e certifique-se de que não estão incomodando, apertando levemente nas laterais dos dedos.
3) Sapatos inadequados: mulheres, esse é o momento da sabedoria suprema de descartar todos aqueles calçados que torturavam seus pés. Vamos à lista: saltos altos, bicos finos, sandálias rasteiras que não garantem proteção e, ainda por cima, jogam o peso do corpo todo nos tornozelos e calcanhares. Quem não pretende abrir mão delas deve optar por modelos que têm uma alça atrás. Se forem muito finos, os chinelinhos usados em casa podem levar a tropeços, por isso prefira os indicados para diabéticos, mesmo que você não sofra da doença. Aliás, se alguém ainda anda de meias em casa deveria lembrar que não somente isso é perigoso, por causa do risco de quedas, como também não alivia em nada a sobrecarga.
4) Sapatos adequados: procure calçados confortáveis e estáveis, já há um leque enorme de opções. A base deve ser larga, para acomodar o pé, e os dedos não podem ficar apertados – experimente modelos até dois números acima do seu e surpreenda-se com a sensação de conforto. Para caminhar ou correr, amortecimento é fundamental. Palmilhas sob medida ajudam a dar suporte ao arco plantar e diminuir a pressão.
5) Descanso e prevenção: eleve os pés menos uma vez por dia, para relaxar. Utilize bolas e rolinhos ortopédicos para massageá-los e aprenda exercícios de alongamento. Por último, mas não menos importante: controlar o peso vai ajudar nossos amigos lá do térreo…
CARIRI EM AÇÃO
Com g1/Foto: Reprodução google
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