Os Estados Unidos enfrentam nesta sexta-feira (9) uma nova paralisação administrativa em menos de um mês. Embora o senado tenha aprovado o orçamento, a Câmara ainda não votou a matéria, de um acordo para os próximos dois anos. As contas do governo estão congeladas, o que provoca um “apagão” administrativo no país.
A segunda paralisação do governo teve início à meia-noite, no horário local (3h de Brasília), quando expirou o projeto de curto prazo aprovado em 22 de janeiro e que deu fim ao primeiro “shutdown” enfrentado pelo presidente Donald Trump.
O apagão pode levar ao fechamento de escritórios públicos, porém, serviços vitais continuarão funcionando, como a polícia, agentes aduaneiros, o banco central e as Forças Armadas.
Durante o congelamento das contas em outubro de 2013, quase 800 mil funcionários públicos foram orientados a permanecer em casa, e este ano a medida poderia afetar até 850 mil pessoas.
O Senado aprovou, nesta madrugada, após longa discussão e até um bloqueio do senador Rand Paul, o orçamento para os próximos dois anos, faltando agora o sinal verde da Câmara Baixa, que permitiria a reabertura do governo, em fechamento parcial administrativo.
A proposta aprovada no Senado passa agora pela Câmara dos Representantes, que também deve votá-la ainda nesta madrugada (horário local) para permitir uma rápida reabertura do governo e desta forma limitar as consequências do fechamento.
O bloqueio de Rand Paul é baseado em aspectos técnicos e não em uma maioria legislativa e segue em discussão. Por isso, a paralisação deve durar pouco, segundo a imprensa norte-americana.
Na tarde de quarta (7), o líder republicano no Senado, Mitch McConnell (Kentucky), e o líder democrata, Chuck Schumer (Nova York), divulgaram um acordo que estende o financiamento ao governo por mais dois anos e amplia os gastos do governo em quase US$ 300 bilhões nesse período. O orçamento militar cresceria US$ 165 bilhões nesses dois anos, enquanto a receita de outros programas domésticos teria expansão de US$ 131 bilhões.
No entanto, a proposta sofreu forte oposição do senador republicano Rand Paul (Kentucky). Ele se posicionou de forma contrária à medida e fez um discurso de mais de duas horas no plenário do Senado, protestando contra o acordo alegando que o déficit dos EUA aumentaria em centenas de bilhões de dólares.
CARIRI EM AÇÃO
Com G1 /Foto: Reprodução Internet
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