A expectativa era grande para a estreia na Libertadores, mas Flamengo e River Plate (ARG) ficaram devendo no Nilton Santos, que não recebeu torcida nesta quarta-feira. Menos mal para os argentinos, que empataram em 2 a 2 no fim e voltam para casa com um ponto a celebrar. Henrique Dourado e Éverton, para o Fla, e Mora e Mayada, para o River, foram os autores dos gols da noite.
Fechando a primeira rodada do Grupo 4 da Libertadores, o Santa Fe (COL) recebe o Emelec nesta quinta-feira, às 19h15, no Estádio El Campín, em Bogotá. Na próxima rodada, o Fla visita o Emelec, no dia 14 de março, em Guayaquil. O River Plate, por sua vez, enfrenta o Santa Fe em Buenos Aires, em 5 de abril.
SONOLENTO!
Os 45 minutos iniciais se arrastaram no Nilton Santos. De um lado, um Flamengo pouco inspirado e que respeitou demais o adversário. Carpegiani, diferentemente do \que fez neste início de ano, prendeu os laterais. Assim, os lances com Éverton Ribeiro, pela direita, e Paquetá, do outro lado, não fluíram.
O River, por sua vez, mostrou dificuldade na saída de bola. As únicas escapadas argentinas foram com De La Cruz, mas o veloz atacante não teve companhia.
SÓ O JUIZ NÃO VIU…
Raras foram as emoções no primeiro tempo. Diego Alves só foi exigido em cobrança de falta de Mora. Do outro lado, Armani só trabalhou em bolas levantadas em sua área e em um chute de Henrique Dourado.
Assim, o lance de maior repercussão foi a cabeçada de Réver no braço Zuculini. Muita reclamação do Flamengo, mas o árbitro entendeu como jogada normal.
TENSÃO, GOLS E EMPATE
Apesar do primeiro tempo fraco, os times voltaram sem mudanças. O jogo, porém, ganhou em emoção. Quem colocou o Fla na frente foi Henrique Dourado, com a categoria usual na cobrança de pênalti – sofrido por Diego.
Mas não houve nem tempo dos rubro-negros comemorarem. Dois minutos depois, De La Cruz cobrou falta na área e Mora apareceu sozinho para calar o já silencioso estádio.
O Fla se soltou e foi recompensado. Quem brilhou foi a dupla Paquetá e Éverton, que saiu da esquerda para decidir o jogo pelo lado direito. Um lindo passe do garoto achou o camisa 22 na área. Tranquilo, Éverton dominou, girou e fez 2 a 1.
O duelo ficou mais tenso, com faltas duras e muitos cartões. Com o seguro Juan e um milagre de Réver, em cima da linha, o Fla segurou o River até os minutos finais. O empate saiu dos pés de Mayada. A bola se ofereceu na entrada da área e o meia chutou forte. Diego Alves chegou a tocar na bola, mas não evitou o gol.
Corinthians – O Corinthians iniciou sua trajetória na Libertadores-2018 com um empate de 0 a 0 contra o Millonarios (COL), na noite desta quarta-feira, em Bogotá. Depois de um primeiro tempo de muitas dificuldades, o Timão melhorou na etapa final e poderia ter voltado com os três pontos, mas faltou sorte nas finalizações – o zagueiro Henrique chegou a acertar o travessão.
O empate sem ser vazado acabou ficando de bom tamanho no duelo entre os campeões brasileiro e colombiano, e traz lições para a sequência da temporada. Desnecessário dizer que o tão esperado camisa 9 voltou a fazer falta. O que fazer?
4-2-4 não resolve
Fábio Carille manteve o sistema de jogo efetivo do clássico contra o Palmeiras (vitória por 2 a 0), o 4-2-4, com Mateus Vital substituindo Rodriguinho. A formação, porém, não deu certo. Tanto Vital quanto Jadson foram muito pressionados pela excelente marcação colombiana. O Millonarios adiantou a marcação e não deixou que os meias recebessem a bola. Pronto, foi para o saco a estratégia de Carille de ficar com a bola. A falta de articulação complicou a vida dos pontas e permitiu aos donos da casa força para atacar. Assim, o primeiro tempo foi de poucas chances dos colombianos e quase nada de produtivo do Corinthians, muito amarrado.
Ainda no primeiro tempo, Carille reagiu à dificuldade de seu time com uma alteração no esquema: voltou ao 4-2-3-1, adiantando Mateus Vital para jogar à frente da linha de três. O Corinthians melhorou. Na volta do intervalo, mais adiantado, o Timão criou chances e por pouco não abriu o placar. O zagueiro Henrique acertou o travessão após cobrança de escanteio e Vital também teve boa chance. A alteração durante o jogo comprova a importância de ter alternativas, testadas pelo comandante corintiano durante o paulista. Carille ainda tentou com Júnior Dutra e Sheik, que entrou bem.
Cadê a qualidade colombiana?
Não é difícil encontrar nas equipes colombianas a combinação de correria, com certa qualidade. De fato, o Atlético Nacional (COL) campeão da Libertadores em 2016 possuía tais características, dentre outras. O Millonarios não fugiu muito disso. As saídas pelos lados com Quiñones pela esquerda e Huérfano, pela direita, eram as melhoras alternativas. São rápidas. Mas faltou a qualidade. A equipe da casa poderia ter melhor sorte se possuísse técnica na parte final do campo, porque chances surgiram. Mas, neste quesito, deixou muito a desejar. Só com velocidade e força será difícil ter vida longa na Copa.
Saldo positivo
Até o momento, é bom o aproveitamento do Corinthians diante da sequência mais dura do ano. A equipe chega para o clássico contra o Santos, no próximo domingo, com uma vitória no Dérbi e empate fora de casa na Libertadores. Nada mal. Resta saber se terá fôlego para manter a pegada em mais um clássico e responder com força ao primeiro grande desafio da temporada. Vale lembrar também que o próximo adversário na Libertadores é o Deportivo Lara, da Venezuela, em tese o rival mais fácil, e na Arena Corinthians. Ou seja, o ponto na Colômbia não foi nada mal.
CARIRI EM AÇÃO
Com Terra/Foto: Reprodução google
Leia mais notícias em caririemacao.com, siga nossa página no Facebook, Instagram e Youtube e veja nossas matérias, vídeos e fotos. Você também pode enviar informações à Redação do Portal Cariri em Ação pelo WhatsApp (83) 9 9634.5791, (83) 9 9601-1162.