Governo reduz de 2,97% para 2,5% previsão para o PIB em 2018

O governo divulgou nesta terça-feira (22) novas previsões para a economia brasileira no final de 2018 e reduziu as estimativas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e para a inflação. As projeções anteriores haviam sido divulgadas no final de março.

  • PIB: caiu de 2,97% para 2,5%;
  • Inflação: caiu de 3,64% para 3,11%.

A projeção para a inflação deixa a alta de preços perto do limite mínimo da meta do governo. Em 2018, a meta é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.

As mudanças estão no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas e confirmam a expectativa de uma retomada mais fraca da atividade econômica neste ano.

A nova previsão do governo para o PIB é a mesma feita por economistas de instituições financeiras consultados pelo Banco Central no boletim Focus desta semana. Os analistas também preveem alta de 2,5%, mas esperam inflação maior, de 3,5%.

Para o dólar, a estimativa de economistas é que a cotação seja de R$ 3,43, e a projeção deles para a Selic é de 6,25% ao ano.

Expectativa de ganhos maiores com leilão de petróleo

A perspectiva de um crescimento menor do PIB tende a afetar a arrecadação de impostos. O governo espera algumas receitas extraordinárias para tentar compensar eventual impacto nas contas públicas, como a realização de novos leilões de áreas de petróleo e ganhos maiores de leilões já realizados.

Segundo o ministério do Planejamento, a última previsão orçamentária projetava R$ 3,6 bilhões neste ano com leilões de áreas de petróleo e gás. Mas o próprio secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, apontou que a expectativa de arrecadação é de R$ 18 bilhões em 2018 — diferença de R$ 14,4 bilhões em relação ao que estava sendo considerado até então.

Só com leilões de áreas de petróleo na 15ª Rodada de Licitações, no fim de março, foram levantados R$ 8 bilhões, superando em muito as expectativas do próprio governo. Para a quarta rodada de licitação no pré-sal, a ser realizada em junho, são previstos outros R$ 3,2 bilhões.

E o governo já autorizou uma quinta rodada para este ano, definindo em R$ 6,8 bilhões o bônus de assinatura a ser pago pelas petroleiras à União caso todas as áreas sejam arrematadas.

CARIRI EM AÇÃO

Com Reuters /Foto: Reprodução Internet

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