Em 2017, a Federação Internacional de Diabetes (Internacional Diabetes Federation – IDF) lançou a 8ª edição do atlas de diabetes. O atlas traz dados preocupantes, como a informação de que mais de 425 milhões de pessoas no mundo são portadores de diabetes (isso significa que a cada 11 habitantes 1 possui diabetes). Outro dado ainda mais alarmante: metade dos portadores não são diagnosticados com a doença, o que representa cerca de 212 milhões de pessoas.
No Brasil temos 12 milhões de portadores de diabetes. Dados do Ministério da saúde apontam que nos últimos 10 anos houve um aumento de 61,8% dos casos da doença no país. Isso significa que a doença passou de atingir 5,5% da população e, agora, atinge 8,9% das pessoas. Entre as mulheres, o índice é de 9,9%, e entre os homens, de 7,8%. Ainda de acordo com o Ministérios da Saúde, o aumento no número de pessoas com diabetes não é exclusividade do Brasil. A doença vem crescendo em todo o mundo, influenciada por fatores como o envelhecimento da população, hábitos alimentares e falta de prática de atividade física.
Entenda o que é o diabetes
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.
Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto – a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 1 – o sistema imunológico ataca, de forma errada, as células do pâncreas, causando a destruição das células que produzem insulina, assim a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também.
Diabetes tipo 2 – é causado por fatores genéticos juntamente com maus hábitos de vida, como consumo exagerado de açúcar, gordura, sedentarismo, sobrepeso ou obesidade, que provocam defeitos na produção e na ação da insulina no corpo. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar.
Diabetes gestacional – é uma condição temporária que acontece durante a gravidez e afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes, implicando no risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.
Relação entre diabetes e doenças cardíacas
Diabetes é um fator de risco para doenças cardiovasculares, seja na esfera microvascular (trazendo complicações na retina, como a cegueira; nos rins, causando insuficiência renal), seja na esfera macrovascular (trazendo complicações como o infarto do miocárdio, doença cardíaca, doença cérebro vascular).
Diagnóstico
Glicemia de jejum – exame que mede o nível de açúcar no seu sangue. Resultados entre 100 mg/dL e 125 mg/dL são considerados anormais. Valores acima de 140 mg/dL já são bastante suspeitos de diabetes.
Hemoglobina glicada – Os valores da hemoglobina glicada irão indicar se você está ou não com hiperglicemia, iniciando uma investigação para o diabetes.
Curva glicêmica – O exame mede a velocidade com que seu corpo absorve a glicose após a ingestão.
Todos esses exames devem ser repetidos por uma segunda vez e é imprescindível que sejam avaliados por um médico.
Tratamento
Até pouco tempo, o tratamento do diabetes se baseava, basicamente, em controlar a glicose. Acreditava-se que, assim, as complicações seriam evitadas. No entanto, com o avanço da ciência, estudos mostram que esse “simples controle” reduzem apenas as complicações microvasculares e tem pouco efeito sobre as complicações macrovasculares. Sendo assim, é necessário um adequado controle glicêmico. Hoje já temos drogas eficazes, controlam adequadamente a glicemia e previnem eventos macrovasculares, sendo esse um grande avanço.
Para além dos esforços da ciência, medicina e instituições de saúde, o controle do diabetes também depende do paciente, que deve se comprometer com a sua condição. O tratamento adequado em conjunto com atividades físicas e uma dieta equilibrada evitam as complicações do diabetes e trazem mais qualidade de vida.
Os não portadores de diabetes devem evitar a obesidade (praticando atividades físicas e mantendo uma dieta equilibrada), ficar longe do cigarro, evitar o estresse, a ansiedade e a depressão. Busquem uma vida saudável longe do diabetes.
CARIRI EM AÇÃO
Com Jornal da Paraíba /Foto: Reprodução Internet
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