Diante da Assembleia Nacional Constituinte, em cerimônia antecipada, presidente venezuelano promete promover união e libertar presos políticos que não cometeram delitos graves.
O presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse nesta quinta-feira (24/05) para seu novo mandato até 2025 numa cerimônia realizada na Assembleia Nacional Constituinte. O evento foi antecipado e deveria ocorrer em janeiro.
Na cerimônia, a presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Delcy Rodríguez, perguntou a Maduro, se ele jurava cumprir as leis da República, ser ao mandato do povo e fortalecer o caráter anti-imperialista, antioligárquico e socialista da revolução bolivariana. “Juro”, respondeu o presidente reeleito.
Também líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Maduro jurou “promover a união nacional”, a reconciliação do povo e ser leal ao legado de Símon Bolívar e de Hugo Chávez. Ele anunciou ainda que libertará presos políticos que não tenham cometido delitos graves para a pacificação entre os venezuelanos.
Maduro entregou formalmente à Assembleia Constituinte uma proposta para “superar as feridas” das manifestações de 2014, 2015, 2016 e 2017, que deverá ser analisada pela Comissão da Verdade, Justiça e Paz.
A libertação dos presos políticos é, segundo a imprensa oficial, a primeira linha de ação do novo mandato do chefe de Estado. Segundo a ONG Foro Penal Venezuelano (FPV), existem atualmente 338 presos políticos no país.
Pouco antes, a Assembleia Constituinte aprovou um decreto no qual o presidente deverá, apesar do ato desta quinta-feira, tomar posse do cargo no dia 10 de janeiro de 2019.
Após tomar posse, o presidente se dirigiu ao país para chamar todos a fazer “tudo de novo” e pediu aos ministros, prefeitos e governadores para “melhorar a qualidade” de seus trabalhos. Maduro afirmou que seu governo foi marcado pela perseguição imperialista e indicou que não pode haver desculpas no novo mandato para resolver os problemas da população.
“Não estamos fazendo o suficiente, nem estamos fazendo bem. Há coisas boas que fizemos, mas não quer dizer que estamos fazendo bem nem que seja suficiente. Precisamos de uma transformação da liderança da revolução”, disse Maduro no discurso.
Maduro recebeu 6.224.040 votos nas eleições do último domingo, que teve apenas 46,02% de participação, a menor da história do país.
A Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal coalizão de oposição ao chavismo, não participou das últimas eleições por considerar que as condições de disputa não eram justas e transparentes, considerando o pleito como uma fraude.
A postura foi apoiada por grande parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos e o chamado Grupo de Lima, que reúne países da região, entre eles o Brasil. Ao menos 14 países sul-americanos, a União Europeia e os EUA não reconheceram a eleição na Venezuela.
CARIRI EM AÇÃO
Com dw.com/Foto: Reprodução Internet
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