Em seu quinto dia nesta sexta (25), a greve dos caminhoneiros é o assunto mais comentado no Brasil. Com o bloqueio de estradas, a paralisação prejudica a oferta de diversos serviços públicos no país, já que os combustíveis não chegam aos postos de abastecimento. Entre os serviços afetados, estão o transporte público, voos e a coleta de lixo.
Na noite de quinta (24), o governo federal anunciou que foi fechado um acordo para suspender a greve dos caminhoneiros por 15 dias. Mesmo assim, protestos continuaram acontecendo pelo país nesta sexta. O presidente Michel Temer (MDB) autorizou nesta sexta o uso de forças federais para desbloquear as estradas.
Os caminhoneiros protestam contra os recentes aumentos nos preços dos combustíveis. Confira o que os pré-candidatos à Presidência da República têm a dizer sobre o assunto.
Alvaro Dias (Podemos)
O pré-candidato afirmou que a greve não se resume às reivindicações dos caminhoneiros. “[É uma revolta] de toda uma nação, a sociedade brasileira está cansada da incompetência generalizada dos governos e dos governantes, cansada da corrupção e da impunidade como regra e exige mudanças nos rumos do nosso país.”
Ciro Gomes (PDT)
Ele também criticou o acordo feito com os caminhoneiros para pôr fim à greve, não cumprido pela categoria. “O acordo que o governo fez aperfeiçoa essa fraude na medida em que espera nas costas do povo pela renúncia fiscal incabível numa hora difícil como esta com uma solução que não resolve nada.”
Geraldo Alckmin (PSDB)
Guilherme Boulos (PSOL)
“Gasolina a quase R$ 5 é resultado da desastrosa política de preços de Temer e Pedro Parente na Petrobras. Subordinam a empresa pública aos lucros dos acionistas, com aumentos abusivos para a população. Por isso, o movimento grevista é legítimo. Os reajustes devem ser anulados já”, disse.
Para Boulos, “empresa pública deve servir a população, não gerar lucro para acionistas”. O coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) também criticou a decisão de Temer de autorizar o uso de forças federais para desbloquear as estradas. “Temer age com covardia, com uma política de preços de combustíveis que se ajoelhou diante do mercado. E agora apela para a força militar”, disse.
Henrique Meirelles (MDB)
Para resolver o problema definitivamente, Meirelles disse é que preciso reduzir as despesas federais e abrir espaço para diminuir os impostos, inclusive dos combustíveis. “No nível estadual, é preciso realizar uma reforma tributária visando a redução de impostos nos combustíveis”, sugeriu. A criação do fundo estava sendo estudada pela área econômica do governo.
Jair Bolsonaro (PSL)
“Caminhoneiros, parabéns. Vocês estão fazendo uma coisa muito importante, mais até do que as eleições. Eu só peço uma coisa a vocês: não bloqueiem a estrada”, disse o deputado, que responsabilizou “infiltrados do PT ou da CUT” pelos bloqueios em andamento em todo o país.
Na quinta-feira (24), Bolsonaro chegou a dizer que era “100%” favorável à paralisação dos caminhoneiros, mas afirmou que a categoria não contaria com seu apoio “se porventura” estivesse havendo bloqueio de estradas.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva desde o dia 7 de abril.
Manuela D’Ávila (PCdoB)
Manuela criticou o governo federal por ter acionado as Forças Armadas para desobstruir as estradas. “Sem autoridade pra negociar saídas, sem legitimidade nenhuma, Temer coloca o Brasil inteiro sob GLO [Garantia de Lei e da Ordem]. Essa é a solução improvisada de Temer para a crise”, afirmou.
Marina Silva (Rede)
“Você segue a lógica de mercado, porque fazendo no olho do furacão com a pressão política, a mensagem que passou externamente é que a Petrobras não está se comportando de acordo com as regras do mercado”, declarou. “E aí vai uma desvalorização das ações da Petrobras na ordem de 11%.”
CARIRI EM AÇÃO
Com Estadão /Foto: Reprodução Internet
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