O caos provocado no País com a paralisação do segmento de combustíveis fez com que passasse sem muito destaque no ambiente político um documento divulgado pela direção nacional do MDB, no percurso partidário rumo às urnas.
Intitulado ´Encontro com o Futuro´, o texto (45 páginas) tem na sua introdução a observação de que “em 2016 (quando Michel Temer assumiu a Presidência), começamos a agir em cima dos destroços que encontramos”.
Adiante, o documento emedebista salienta: “Para que o equilíbrio fiscal seja possível, será necessário, acima de qualquer outra medida, mudar as regras que determinam essas despesas (obrigatórias).
Segue: “Em especial as previdenciárias, que já representam mais da metade da despesa primária e, também, as regras que regulam os custos do serviço público em geral”.
“O crescimento baseado no aumento da força de trabalho e na intervenção do Estado no setor produtivo se esgotou. A população começa a envelhecer rapidamente, e a capacidade fiscal dos governos está exaurida”, diagnostica o MDB.
Para o partido, “o crescimento vai depender agora da iniciativa privada”.
O texto representa, na prática, uma espécie de ´carta-programa´ do presidenciável da legenda, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meireles (foto).
Noutro ponto, o documento do MDB grifa que a Constituição de 1988 (CF) comporta em seu corpo “uma forte desconfiança com os possíveis excessos do Executivo”, razão pela qual esse poder foi comprimido, com o consequente “transbordamento da intervenção das instituições de controle, Tribunais de Contas, Ministério Público e Poder Judiciário, que frequentemente tornam-se instrumentos alternativos de governo”.
O texto ressalta em seguida que “a diferença é a de que não se submetem, eles próprios (órgãos de controle), a qualquer espécie de controle nem se limitam por restrições fiscais. Este ambiente fragiliza o governo propriamente dito, inibe suas iniciativas e enfraquece sua capacidade de reação diante das exigências da vida real”.
Na parte final, o documento ´Encontro com o Futuro´ pontifica que “todo governo que ousa mudar e reformar sabe que seu caminho está cheio de incompreensões. Não podemos nunca nos esquecer de que o governo que provocou a crise (PT), com seus erros, foi durante quase todo o tempo aprovado pela maioria da população, e que o governo que corrigiu aqueles erros, com resultados inequívocos, é reprovado pela maioria”.
CARIRI EM AÇÃO
Com Paraíba Online /Foto: Reprodução Internet
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