Fazer uma atividade simples, como escovar os dentes, pode ser extremamente doloroso para quem tem artrite, que é a inflamação de uma ou mais articulações, o que causa dor e rigidez. O problema pode ocorrer por questões genéticas, envelhecimento ou ainda por conta da obesidade.
Embora não existam dietas ou suplementos dietéticos que curem o problema, alguns ajustes no cardápio podem melhorar um pouco os sintomas, além de proteger contra doenças cardíacas –complicação comum de algumas doenças reumáticas.
Dennys Esper Corrêa Cintra, professor das disciplinas de nutrigenômica, farmacologia e avaliação nutricional da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Claudio Len, professor da disciplina de alergia, imunologia clínica e reumatologia do Departamento de Pediatria da Unifesp; Simone Guerra Lopes da Silva, nutricionista da Unifesp; e Henrique Josef, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, dão as dicas da melhor alimentação para estes casos.
Coloque no cardápio
Sardinha
O ômega-3 reduz o processo inflamatório –apesar de isso não poder ser comparado com o efeito de uma droga com esse mesmo fim, por exemplo. A função protetora do nutriente desacelera um pouco a progressão da doença. Também ajuda a reduzir o mau colesterol (LDL) e os triglicerídeos, que juntos aumentam o risco de doenças cardíacas. Além da sardinha, você encontra ômega-3 em peixes como salmão, atum ou arenque.
Chia
Você não é fã de peixe, mas ainda quer os benefícios de ácidos graxos ômega-3? Experimente consumir essa semente, que é uma fonte vegetal do componente. A porção diária recomendada é de 25 gramas, o equivalente a uma colher de sobremesa. Entre as sugestões de consumo, está colocar na salada ou misturar com o iogurte, para um lanchinho da tarde saudável, por exemplo.
Acerola
Rica em vitamina C, seu consumo melhora o sistema imunológico, também reduzindo a atividade inflamatória no organismo. Os antioxidantes da acerola ainda têm o papel de combater os radicais livres (moléculas que promovem a inflamação) no corpo. Frutas e vegetais também contêm fitoquímicos –substâncias químicas naturais encontradas em alimentos vegetais –, que podem ajudar a combater a dor e inflamação nas articulações. Experimente também outras frutas cítricas, como laranja e morango.
Grãos integrais
São ricos em carboidratos complexos, que diminuem o nível de proteína C-reativa (PCR) no sangue, um marcador de inflamação associada a doenças cardíacas. Por ter um caráter inflamatório, pacientes com doenças reumáticas costumam ter arteriosclerose, doença degenerativa que leva ao endurecimento da parede arterial.
Maneire na dose
Carnes gordas
A gordura saturada e o colesterol estão presentes em qualquer fonte animal, necessária em uma alimentação balanceada. O problema é que podem causar inflamação no organismo. Por isso, o truque está em escolher um corte magro, como patinho, alcatra e lombo (de porco).
Tire do cardápio
Açúcar
Seu consumo libera no corpo substâncias químicas chamadas citocinas, que iniciam o processo de inflamação. Verifique rótulos de alimentos para ingredientes que terminam em “ose”, como sacarose, e fuja deles também.
Alimentos processados
Eles são a principal fonte de gorduras trans –criadas quando o hidrogênio é adicionado ao óleo vegetal para prolongar a vida útil do alimento –, que podem desencadear inflamações em todo o corpo. Além disso, o nutriente aumenta o colesterol ruim e diminui o tipo bom.
Sal
Além de não ser muito bom para a sua pressão arterial, o excesso de sódio pode causar retenção líquida, especialmente em quem toma medicamentos esteroides. A dose máxima de sal recomendada pelo Ministério da Saúde é de 5 g por dia (2.000 mg de sódio), ou cinco daqueles sachês de restaurante.
CARIRI EM AÇÃO
Com Viva Bem/Foto: Reprodução Internet
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