Uma das descobertas mais recentes na luta contra o câncer é o tratamento imunoterápico. Mais conhecido como a imunoterapia, ela tem o objetivo de utilizar o próprio sistema imunológico do paciente como arma para combater a doença. Foi através do tratamento que Cleomar Lucena, de 76 anos, descobriu uma forma de enfrentar a doença sem sentir tantas dores.
“Quando eu fazia quimioterapia, a minha reação era muito grande. Tinha que fazer a cada 21 dias, ou seja, era o mês todinho sofrendo”, conta. “Sentia ânsia de vômito, passava muito mal, era o mês inteiro tomando medicação para enjoo. Quando eu ia melhorar, já estava na época de fazer de novo. Com a imunoterapia eu não sinto nada, é mais leve”, garante.
Cleomar descobriu em agosto de 2017 que tinha neoplasia pulmonar. Foi com indicação do seu oncologista, Luiz Victor Maia Loureiro, que iniciou a imunoterapia ainda em novembro do mesmo ano. “Se comparar com os tratamentos convencionais, a imunoterapia costuma ser menos agressiva e apresentar mínimos efeitos colaterais”, diz o médico. “Dessa forma, a maioria dos pacientes consegue utilizá-la por longos período. Queda de cabelo, fadiga, náuseas e vômitos, sintomas comuns na ‘quimio’, não costumam acontecer durante o tratamento imunoterápico”, explica.
Após sete meses de tratamento, Cleomar espera pelo resultado de alguns exames para saber se continua na imunoterapia ou se volta para a ‘quimio’. “Se for melhor para mim, eu prefiro continuar realizando a imunoterapia”, afirma.
O que é a imunoterapia?
De acordo com o oncolologista Luiz victor, a imunoterapia é uma forma de tratamento do câncer que se utiliza de medicamentos capazes de atuar sobre o sistema imunológico do paciente para que ele atue sobre o tumor e tenha capacidade para combatê-lo. “Esse tratamento vem sendo utilizado com extremo sucesso, especialmente em pacientes com estágios mais avançados de câncer”, diz. “Novos estudos já começam a apontar seus benefícios também em estágios mais iniciais, à exemplo do câncer de rim, pele, pulmão, bexiga e tumores de cabeça”, afirma.
Com o avanço dos estudos na área, houve o surgimento de novas alternativas nas quais as células de defesa do corpo humano podem ser modificadas em laboratório para que, desta forma, possam reconhecer alvos específicos nas células do câncer e destruí-las.
Autorizado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), o tratamento deve ser realizado em centros especializados, à exemplo de clínicas de oncologia e hospitais. Ainda de acordo com Luiz Victor, a imunoterapia está disponível na Paraíba apenas na rede privada. “Infelizmente, ainda é uma realidade distante para os pacientes do SUS [Sistema Único de Saúde]”, diz.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o tratamento não é realizado de forma gratuita na Paraíba por não está incluso na lista de tratamentos oferecidos pelo SUS.
CARIRI EM AÇÃO
Com Jornal da Paraíba /Foto: Reprodução
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