A Rede confirmou neste sábado (4) a candidatura de Marina Silva ao Planalto pela terceira vez. A ex-senadora já disputou a Presidência em em 2010 e 2014, mas não conseguiu chegar ao segundo turno.
Batizada de “Unidos para Transformar o Brasil”, a chapa é composta por Marina e o ex-deputado Eduardo Jorge (PV).
Em Brasília, a convenção contou com a presença de políticos, militantes e do ator Marcos Palmeira, mestre de cerimônias.
“Ele foi eleito o segundo homem mais bonito, só depois de mim”, brincou o porta-voz da Rede e coordenador de campanha Pedro Ivo Batista, ao abrir o evento.
Após duas horas de espera por caravanas de apoiadores saídas de São Paulo e do Mato Grosso, Marina Silva e seu vice saíram do camarim para o palco sob aplausos.
Organizados com camisetas verdes, laranjas e amarelas, se organizaram nas arquibancadas. O primeiro a falar foi o pastor Levi Araújo. “Há esperança para o estado laico, para os que acreditam em separação da Constituição e da bíblia. Constituição é uma coisa, bíblia é outra”, afirmou.
Depois, um grupo de mulheres puxou a presidenciável e o vice para o palco para dançar ao som de “Mulher Rendeira”. Se seguiram performances e danças variadas.
Além de Eduardo, o presidente do PV, José Luiz Penna, compareceu à convenção. Penna, que é ligado ao pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB) foi vencido pelo grupo que defendia o apoio à ex-senadora, e, até ontem, não era presença certa no evento.
A coligação foi representada por militantes do PV do Distrito Federal, e uma faixa com os dizeres “Marina Silva + Eduardo Jorge = O Brasil que eu quero” foi colocada embaixo do telão principal.
Além dos verdes, um pessebista também compareceu à convenção. O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, cujo partido está coligado com Rede e PV na disputa local passou “para dar um abraço na Marina”.
A presidenciável fez gracejo também com a aparição de um tucano na entrada do local da convenção. Ela disse que a presença do pássaro foi uma homenagem.
“Os tucanos de verdade sabem quem ainda está comprometido com a social-democracia”, afirmou ela, em alfinetada ao PSDB do adversário Geraldo Alckmin.
CLÁUSULA DE BARREIRA
Neste pleito, a candidata terá outro desafio além de demonstrar viabilidade na corrida presidencial.
A Rede Sustentabilidade, partido fundado por ela em 2015, passa por sua primeira eleição geral pressionado pela cláusula de barreira aprovada no Congresso em 2017.
A Rede aposta na ex-senadora e na coligação tardia com o PV para fazer o número mínimo de votos necessários.
O partido tem que fazer 1,5% dos votos válidos, distribuídos em ao menos nove estados, ou eleger ao menos um deputado federal em cada um deles para ter acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de TV.
Hoje, a Rede tem apenas dois deputados federais e um senador.
Folhapress/Foto: Walterson Rosa