Virou uma questão? Entre alguns grupos de mulheres é cada vez mais comum um relato ou uma história de quem decidiu abandonar a pílula anticoncepcional. Por outro lado, os médicos usam estudos científicos para dizer que os riscos são pequenos se comparados com os problemas que surgem de uma gravidez indesejada.
Em 1960, as pílulas anticoncepcionais foram criadas e passaram a ser vendidas. Viraram símbolo da liberdade sexual feminina. Mas, em 1961, já foram associadas a um primeiro diagnóstico de embolia pulmonar. Outros casos de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e infarto foram registrados nos anos seguintes. As evidências foram sendo juntadas e chegou-se à conclusão: o uso de anticoncepcionais hormonais combinados aumentam o risco de trombose.
De acordo com a ginecologista Cristina Guazzelli, a literatura científica associa esse risco ao estrogênio e há uma relação direta com a dose. A indústria precisou, então, se adequar e criar opções mais “suaves” dos comprimidos. Mais de meio século depois, a quantidade de hormônio caiu até 90% em algumas versões: a quantidade passou de 150 mg para 15 mg (ultrabaixa dosagem), 30 mg (baixa dosagem) e 35 mg (média dosagem).
Bem Estar/Foto: Reprodução
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