Bater o barro, peneirar, moldar as peças com as mãos. Este é o dia a dia das Louceiras do Talhado. Localizada na zona urbana de Santa Luzia, no Sertão, as mulheres responsáveis por produzir peças de barro para utilidades doméstica, são organizadas em associação e mantêm viva uma arte secular e remanescente dos quilombolas.
Onze mulheres que compõem a Associação das Louceiras Negras do Quilombo do Talhado, vivem deste trabalho há muitos anos e atuam de segunda a sexta-feira. No local, são fabricados panelas, fogareiro, pratos, jarros, cuscuzeiras, quartinha de colocar água, e outros, além dos objetos de decoração que só são produzidos por encomenda.
Os produtos são conhecidos por sua qualidade e são vendidos nos mercados públicos da região do Curimataú e Sertão. Os valores variam de R$ 10 a R$ 40.
A atual presidente da Associação, Gileide Ferreira da Silva, é neta da fundadora da associação. Ela contou como foi o início da associação.
– Quando morávamos no quilombo rural, as dificuldades eram muitas e passávamos muitas dificuldades. Minha vó veio morar em Santa Luzia, construiu uma casa de taipa e começou a chamar as mulheres da região para fazer as panelas, e ela sair vendendo em outras cidade – disse.
Ela ressaltou que a manutenção desta associação significa mais do que geração de emprego e renda para essas mulheres, mas traz muitos valores simbólicos e elementos históricos.
– É motivo de orgulho e honra. Se não fosse isso, muitas mulheres estariam passando mais dificuldades do que passam hoje – ressaltou.
TV Paraíba/Foto: Reprodução
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