Em mais uma noite de casa cheia, a segunda noite da VIII Mostra de Teatro e Dança do Cariri emocionou o público de diversas idades.
Abrindo as apresentações o Espetáculo Monteiro Cultivando Memórias e Valores levou em forma de cordel uma homenagem aos artistas Monteirenses. O elenco formado pelos alunos da Rede Municipal de Ensino contaram a história da cidade por meio dos grandes nomes da cultura e outros ramos da sociedade.
A adaptação foi feita com base em um trabalho realizado pelos professores municipais dentro de uma oficina de cordel. Um cenário que ambienta a Monteiro de antigamente transportou a todos para relembrar e viver um pouco de sua própria história.
“Este trabalho que desenvolvemos e foi adaptado foi realizado através de uma oficina a qual participamos há algum tempo. Toda a desenvoltura dos nossos alunos nos emocionou bastante, de certa forma é um incentivo para nós enquanto professores, bem como para os grupos culturais. Aqui esteve encenado de forma brilhante um pouco da nossa história e dos nomes que levaram nossa cidade a outras cidades, estados e países mundo a fora”, conta a professora Josenilda Cavalcante, que é de uma das famílias de artistas homenageados no espetáculo, que esteve ladeada de tantos outros profissionais da educação que prestigiaram a segunda noite da Mostra.
Em seguida o palco e a plateia fizeram o espetáculo Rito de Passagem do Grupo EXPERIEUS. Envolvendo a todos na representação de um poema que falou sobre a vida, as escolhas e os caminhos que cada um de nós segue. Forte e marcante foi como o público definiu a experiência vivida nesta noite.
Já para a noite desta quarta-feira, 29, a programação contará com o espetáculo O Vale dos Amores Perdidos do grupo monteirense Black Art. Fazendo a segunda apresentação da noite sobem ao palco do Teatro Municipal Jansen Filho a Cia Corpo Livre também da cidade com a apresentação Expressão em Movimento.
Fechando as atrações da terceira noite o Espetáculo Delírios Quixotescos do Núcleo de Manutenção de Repertório da UEPB de Campina Grande dispõe de sete estudantes que farão um mergulho na obra máxima do escritor espanhol Miguel de Cervantes e seu Cavaleiro da Triste Figura, a partir de fragmentos de um texto dramatúrgico, originalmente chamado de “Quixote #3”, escrito por Carlos Frederico Buonfiglio, que diz, à guisa de apresentação: “Salvem os Quixotes, suas Dulcineias, moinhos, os Sanchos, sua fome e seu sonho possível. Enfim, os que arriscam não o ser, sonhando ser”.
“Nós vamos viajar por este universo do Quixote, seus delírios, seus amores, suas paixões, suas ilusões que é uma característica de todos nós, seres humanos. É muito bom tocar nesses assuntos porque a fantasia é fundamental, até um certo ponto ela é sadia, mas a gente tem que ter um cuidado porque se não tivermos um controle, não tiver um limite, não souber manipular a fantasia e a imaginação vira loucura e aí não é tão benéfico quanto a fantasia para a arte, para a criatividade, para a vida como um todo”, conta Chico Oliveira que é diretor do espetáculo e responsável pelos figurinos, cenários e adereços juntamente com criação Emília France, que também fez a maquiagem.
Através de um enredo divertido e ousado a peça Delírios Quixotescos garante encantamento e boas risadas por onde se apresenta.
A VIII Mostra de Teatro e Dança do Cariri que carrega o nome do monteirense Raniel Quintans – in memorian – é uma realização da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade de Monteiro com apoio do SEBRAE, UEPB e Governo do Estado por meio da Funarte.
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