O processo eleitoral do Treze Futebol Clube para o biênio 2019-2020, em que primeiro se define a formação do Conselho Deliberativo (CD) para depois os novos conselheiros elegerem a Diretoria Executiva, parece não está correndo como deveria.
Pelo que apurou o PARAIBAONLINE, o conflito de informações oficiais que tem partido da agremiação alvinegra tem de um lado a maioria dos membros da atual direção e do outro o próprio CD do Galo.
O primeiro grupo, liderado pelos diretores de futebol Alan Kaderc Moraes e Fábio Azevêdo, considera que a eleição do novo Conselho está consumada, com Hélio Soares Filho na chefia da mesa diretora, e as eleições para escolha do novo presidente trezeano agendadas para o dia 1º de novembro. É o que informou ontem o site oficial do clube.
No outro grupo, que pode se interpretar como uma dissidência, estão o então presidente do CD, Emir Gurjão Filho, e o também diretor de futebol Leonardo Firmino Borborema. Ambos defendem a união no clube e uma chapa de consenso para o Conselho, embora não considerem a formação do novo CD, divulgada pela assessoria de imprensa nesta segunda-feira (15).
Cronologia do processo
Originalmente, no dia 21 de setembro, o Conselho Deliberativo publicou edital de convocação para assembleia geral de sócios-proprietários a ser realizada no dia 9 de outubro, quando seria eleita a nova formação do CD.
O site oficial do Galo, já perto da madrugada do dia 10, publicou a informação de que estava “eleito o novo Conselho Deliberativo para o biênio 2018/2020”. Entretanto, não contavam os nomes dos escolhidos na postagem da assessoria.
Na quinta-feira, dia 11 de outubro, em nota, o presidente do CD, Emir Gurjão Filho, afirmou que a eleição do dia 9 “não foi realizada”.
– Como forma de restabelecer a legalidade e lisura de todo o processo eleitoral do clube, este Conselho lançará, nos próximos dias, novo edital, abrindo prazo para que chapas regulares sejam inscritas, bem como convocando os sócios proprietários do clube para, de forma soberana, escolherem os membros do novo Conselho Deliberativo do Treze Futebol Clube, para o biênio 2018/2020 – continuou a explicar a nota.
Na tarde de segunda-feira (15), em novo edital de convocação, Emir Filho agendou uma nova assembleia geral, dessa vez para o dia 26 de outubro, sob a justificativa de que na eleição do dia 9 “todas as chapas inscritas para concorrerem ao pleito” estavam inabilitadas.
Acontece que, também nesta segunda-feira (15), o site oficial do Treze publicou que o novo Conselho Deliberativo do clube já tinha definido sua mesa diretoria. Esta, inclusive, já havia marcado a eleição para escolha da nova Executiva galista.
– Hélio Alves Soares Filho é o novo presidente do Conselho Deliberativo do Treze Futebol Clube para o biênio 2018/2020. Ao seu lado, na vice presidência, Francisco Dantas Petrônio Gadelha, filho do ex-presidente Petrônio Gadelha. A posse aconteceu na noite desta segunda (15), na sala de imprensa do Estádio Presidente Vargas, durante a reunião com membros do conselho eleito e empossado na semana passada – relata a publicação.
Ainda conforme a postagem da assessoria de imprensa alvinegra, o primeiro passo do agora presidente do Conselho, Hélio Soares Filho, foi “anunciar para 21 de outubro o lançamento do edital para os interessados em concorrer às eleições para a Presidência Executiva do Treze Futebol Clube. Eleições estas que devem acontecer já no dia 01 de novembro do corrente ano”.
Na manhã desta terça-feira (16), procurado pelo PARAIBAONLINE, o conselheiro Paulo Sérgio Gayoso Meira, membro da nova formação do Conselho Deliberativo alvinegro, lamentou a turbulência no processo eleitoral e confirmou a versão do site oficial.
– Já enviamos as atas e toda a documentação para a Federação Paraibanas. O Treze tem pressa para concluir esse processo eleitoral e continuar a tocar o planejamento para a temporada 2019 – afirmou Gayoso.
A reportagem também entrou em contato com Emir Gurjão Filho e Leonardo Firmino. Os dois relataram irregularidades no processo eleitoral do dia 9 de outubro e não reconhecem a formação do Conselho divulgada neste início de semana.
– Minha posição era de uma chapa de consenso (para o Conselho), unir o Treze em um bom momento. (No dia 9) Existiam algumas irregularidades nas duas chapas colocadas, nós não as reconhecemos e impugnamos. Não satisfeitos, eles resolveram seguir o processo. Acredito que, juridicamente, esse movimento não tem força nem legalidade. O que estou fazendo é continuar o protocolo normal. A eleição do Conselho ficou para o dia 26 de outubro e até sexta-feira (19) eu estarei recebendo inscrição das chapas. Acredito que agora vão corrigir as irregularidades. O que estamos querendo fazer é só o que é correto – explicou Emir.
Paraíba Online
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