Janeiro de 2019 é o mês com menor registro de assassinatos na Paraíba desde a implantação do Programa Paraíba Unida pela Paz.
O número foi confirmado pelo governador João Azevêdo, nesta quinta-feira (31), durante reunião de monitoramento com os gestores de Segurança Pública do Estado, na qual também foi apresentado o Anuário de Segurança Pública 2018, que ratificou a redução de crimes contra a vida durante sete anos seguidos no território paraibano.
De acordo com o governador João Azevêdo, os dados apresentados demonstram a força da política de segurança pública implantada no Estado nos últimos anos, com destaque para janeiro deste ano, quando foi registrada uma redução significativa no número de assassinatos.
Foto: Francisco França/Secom/PB
“Graças ao esforço de todo time que faz a segurança do Estado, tivemos reduções significativas em todos os segmentos que analisamos; seja de roubos a bancos a assassinatos. Nós temos a responsabilidade, cada vez maior, de continuar investindo para que esses números sejam reduzidos cada vez mais”, ressaltou.
Além da implantação dos Centros de Comando e Controle em várias regiões do Estado, o chefe do Executivo estadual também anunciou, na oportunidade, a criação do Batalhão Motorizado que pretende dar agilidade à Polícia no combate ao crime.
“Esse conjunto de ações permitirá que a Paraíba se mantenha como Estado do Brasil que mais reduziu crimes de CVLI, que mais reduziu crimes contra a mulher, que mais reduziu crimes no Nordeste; isso é o que interessa dentro de uma política de segurança como essa que tem demonstrado resultados”, destacou.
Ele ainda garantiu a continuidade de reuniões mensais com toda a cúpula da Segurança do Estado para potencializar o combate à violência. “Vamos dar continuidade aos programas em andamento na área da segurança, implementando novas ações para que a gente possa reduzir cada vez mais esses índices”, acrescentou.
O secretário de Segurança Pública, Jean Nunes, assegurou que fortalecerá as ações já desenvolvidas no programa ‘Paraíba Unida pela Paz’ para que o Estado continue dando respostas à sociedade.
“Janeiro foi o melhor mês da série histórica desse acompanhamento que estamos fazendo. Nós temos números significativos diante da realidade que a gente encontra. Vamos continuar fortalecendo a força-tarefa dos bancos, continuar fortalecendo as delegacias de crimes contra o patrimônio e o combate aos homicídios”, enfatizou.
Já o comandante geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, disse que os números positivos são fruto do trabalho de homens e mulheres que fazem a segurança da Paraíba. Ele ainda adiantou que o Batalhão Motorizado será instalado ainda neste semestre no Estado.
Foto: Francisco França/Secom/PB
“Nós agregaremos todas as forças de motociclistas operacionais nesse Batalhão e o local que será escolhido terá uma visão privilegiada. A nossa meta é potencializar a utilização dessas motocicletas no policiamento ostensivo e vamos colocar a Paraíba mais ainda como referência na segurança pública na Região e no Brasil”, adiantou.
Dados – Segundo o documento produzido pelo Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds) – o Anuário da Segurança Pública 2018, a Paraíba registrou 1.210 casos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – homicídios dolosos ou qualquer outro crime doloso que resulte em morte – no ano passado, o que representa 5,8% a menos que em 2017, quando foram contabilizadas 1.284 ocorrências desse tipo.
No ano de 2010, o número de assassinatos no estado era de 1.563. Em termos de taxa, a redução acumulada é de 32%, saindo de 44,3 assassinatos por 100 mil habitantes em 2011 para 30,3 em 2018. No mês de janeiro deste ano, até o dia 30, foram computados 73 CVLI.
A Paraíba também saiu da 3ª posição no ranking das unidades federativas com maiores taxas de CVLI em 2011 para a 14ª posição, obtendo, pela primeira vez na década uma taxa de homicídios inferior à média nacional.
O Anuário ainda demonstra que a redução acumulada de assassinatos de mulheres na Paraíba é 29%, já que o número de ocorrências saiu de 119 casos em 2010 para 84 registros em 2018.
Em termos de taxa, o estado saiu de 6,13 mortes de mulheres por 100 mil habitantes para 4,8 no ano passado.
No cenário nacional, a Paraíba saiu da 4ª posição em 2010 para a 19ª em 2017, no ranking das unidades da federação com maiores taxas de homicídios de mulheres.
Na década atual, João Pessoa é a cidade com maior redução percentual acumulada entre todas as capitais do país, com 55% de queda de crimes contra a vida.
O registro de assassinatos saiu de 580 casos em 2010 para 247 no ano passado, o que significa uma redução de 57%.
A taxa saiu de 80,2 para 30,9 por cem mil habitantes. Já Campina Grande é a metrópole do interior do Nordeste com menor taxa de homicídios em 2018. A cidade registrou 199 CVLI em 2010 e 95 no ano passado (redução de 51,7 para 23,3 em termos de taxa).
Redução de crimes contra instituições financeiras – Ainda de acordo com o Anuário da Segurança Pública 2018, também houve redução de crimes contra instituições financeiras no Estado.
Em 2017 foram 97 casos e no ano passado foram 76 ocorrências. Nos furtos com explosões, foram 23 registros a menos (-28%).
Este ano, a Secretaria da Segurança e da Defesa Social criou uma força-tarefa para realizar o enfrentamento de roubos e furtos qualificados a banco, por meio do fortalecimento de delegacias, criação de um banco de dados de material biológico por parte do Instituto de Polícia Científica e integração entre as polícias Civil, Militar e polícias de outros estados.
No mês de janeiro, o trabalho integrado prendeu suspeitos desse tipo de crime na região metropolitana e no sertão da Paraíba.
Apreensão de armas e drogas – No ano de 2018, as forças de segurança da Paraíba apreenderam 2.440 armas de fogo, entre revólveres, pistolas, espingardas e outros armamentos de grosso calibre.
Foram 23.907 armas retiradas de circulação desde a implantação do Programa Paraíba Unida pela Paz.
Em relação às drogas, o total apreendido é de 15,5 toneladas de entorpecentes apreendidos em ações policiais voltadas para o enfrentamento à comercialização de entorpecentes.
Somente no ano de 2018, foram 2 toneladas e 703 quilos de maconha, cocaína, crack e outras drogas que deixaram de ser vendidas em território paraibano e ao longo de oito anos uma média de 5,3 quilos de entorpecentes foram apreendidos por dia pelas polícias Militar e Civil.
Em janeiro de 2019, o resultado foi uma redução de 51% dos homicídios por arma de fogo em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Estiveram presentes na reunião, além do governador João Azevêdo e do secretário da Segurança e da Defesa Social, Jean Nunes, o secretário executivo, Lamark Donato, o secretário executivo de Administração Penitenciária, João Paulo Ferreira Barros, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, o delegado geral de Polícia Civil, Isaías Gualberto, e o coronel Marcelo Araújo, comandante do Corpo de Bombeiros, e ainda outros gestores da pasta e de Regiões e Áreas Integradas de Segurança Pública das Polícias Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros Militar