PT quer usar proposta de Haddad para Previdência para se contrapor a Bolsonaro

O PT avançou no debate sobre a posição que deve assumir durante a discussão da reforma da Previdência de Jair Bolsonaro. Está praticamente decidido que o partido defenderá uma proposta com a sua marca, diferente da do presidente. Ala importante da sigla prega que seus deputados adotem as medidas que estavam no plano de governo de Fernando Haddad em 2018: primeiro uma mudança nos regimes próprios, focada nos servidores públicos, fundada no discurso de corte de privilégios.

No dia 20 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro entregou ao Congresso a proposta do seu governo para a reforma da Previdência Marcos Correa – 20.fev.19/Xinhua/

Diga a que veio Integrantes da legenda dizem que há o entendimento entre os seus principais líderes de que não basta só se opor ao modelo defendido pelo ministro Paulo Guedes (Economia).

O baile todo O PT reunirá seus dirigentes, governadores e parlamentares em um seminário em Brasília no dia 14 para tratar das mudanças nas regras de aposentadoria. Na véspera, o PSDBtambém vai discutir a reforma proposta por Bolsonaro com os economistas Paulo Tafner e Felipe Salto.

Batata quente Dirigentes da sigla do ex-presidente Lula já cogitam adiar a eleição da nova cúpula do partido. O grupo que prega a substituição de Gleisi Hoffmann (PT-PR) reconhece que ainda não conseguiu viabilizar um nome competitivo para o posto.

Gordura Integrantes da equipe econômica do governo dizem que, ao admitir a redução da idade mínima para as mulheres, o presidente Jair Bolsonaro abriu espaço para que o Congresso crie regras diferentes para elas nas aposentadorias rural e de professores.

Linha de corte O governo quer igualar a idade mínima para homens e mulheres nas regras de docentes e trabalhadores rurais: 60 anos.

Tente outra vez Na esteira da tragédia em Brumadinho (MG), a Câmara pretende elaborar um novo Código de Mineração. A pedido da bancada mineira, Rodrigo Maia (DEM-RJ) autorizou a instalação de uma comissão especial para discutir mudanças no marco regulatório do setor, em vigor há mais de 50 anos.

Última que morre A Casa tenta, sem sucesso, revisar a legislação desde 2011. “Do jeito que está, só as mineradoraslevam vantagem”, diz o deputado Lafayette de Andrada (PRB-MG).