Deputado defende comemorações sobre golpe de 64: ‘não houve ditadura’

O deputado estadual Cabo Gilberto (PSL), nesta quarta-feira (27), saiu em defesa das comemorações no próximo dia 31 de março do golpe de 1964, que deu início ao regime militar no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou ao Ministério da Defesa que faça as “comemorações devidas” pelos 55 anos da data.

“Não houve ditadura, houve um governo militar. Quem tirou o ex-presidente foi o Congresso Nacional por meio de votação, quem colocou o presidente militar foi o Congresso. Que ditadura é essa que não houve ditador? O governo militar passou para o civis o governo em 1985, não houve ditadura”, garantiu.

O Congresso Nacional, porém, foi destituído pelo ato institucional número 5, decretado em 13 de dezembro de 1968 pelo então presidente Arthur da Costa e Silva. A partir dessa medida, o Regime Militar ganhou uma série de poderes, entre eles o de fechar o Congresso, cassar mandatos eletivos, suspender por dez anos os direitos políticos de qualquer cidadão, decretar confisco de bens por enriquecimento ilícito e suspender o direito de habeas corpus para crimes políticos.

Perguntado sobre as perseguições, violências e torturas impostas pelos governantes da época, o policial militar afirmou: “perseguição também há aqui na Paraíba hoje em dia. Retrocesso é o que está acontecendo em Cuba, na Venezuela, vão tirar Nicolás Maduro do poder por livre e espontânea vontade ou os irmãos Castro de Cuba”.

“Essa é a minha opinião, mas respeito quem discorda. O governo militar foi necessário para impedir uma ditadura comunista no Brasil. Se não fosse isso, viveríamos uma ditadura comunista. Em 2012 existia a comemoração e foi Dilma que vetou, Bolsonaro apenas pediu que voltasse, no tempo de Lula tinha”, arrematou.