Logo após a jornalista Eliane Cantanhêde, da Globo News, ter anunciado ao vivo a demissão de mais um ministro, o da Educação, Ricardo Velez, ele e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foram pro Twitter desmentir. Tudo aconteceu muito rápido, na noite desta quarta-feira (27). O governo apresentou mais um desgaste quando, no início da noite, o próprio presidente já havia sinalizado a demissão de Vélez em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da Band.
“Temos que resolver a questão. Vamos ter mais uma conversa com o atual ministro e vamos ter que decidir a questão da Educação, porque, realmente, não estão dando certo as coisas lá”, afirmou Bolsonaro na TV. Ele se referia, em parte, à participação desastrosa de Vélez Rodriguez em audiência pública na Câmara, onde o ministro não demonstrou conhecimento sobre temas centrais da Educação, como a execução orçamentária.
Imediato ao anúncio da jornalista Eliane, os dois envolvidos tuitaram:
Jair M. Bolsonaro✔@jairbolsonaro
Sofro fake news diárias como esse caso da “demissão” do Ministro Velez. A mídia cria narrativas de que NÃO GOVERNO, SOU ATRAPALHADO, etc. Você sabe quem quer nos desgastar para se criar uma ação definitiva contra meu mandato no futuro. Nosso compromisso é com você, com o Brasil.
Ricardo Vélez✔@ricardovelez
O jornalismo brasileiro se põe raivoso por estar, pela primeira vez, sem poder barganhar às custas de trocas de favores. Meu compromisso é com os brasileiros e seus representantes. Os veículos que busquem outras fontes de financiamento.
Além de Vélez Rodriguez, outro nome que pode deixar o governo Bolsonaro é Paulo Guedes, ministro da Economia. Alvo de fortes críticas, até de membros da base do governo, Guedes mostra política ultraliberal, especialmente explicitada na proposta de reforma da Previdência.
Depois de fugir à audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara nessa terça-feira (26), Paulo Guedes compareceu à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na quarta (27), oficialmente para falar sobre o pacto federativo.
Questionado sobre a desarticulação sobre a reforma da Previdência, afirmou que não tem apego ao cargo e pode sair, caso veja que nem o presidente Jair Bolsonaro nem o Congresso Nacional apoiam as medidas de sua equipe.
