Ibama exonerou o servidor do órgão que multou o presidente em R$ 10 mil, em 2012, por pescar em área protegida. A decisão da saída de José Olímpio Augusto Morelli, que era chefe do Centro de Operações Aéreas do Ibama e subordinado à Diretoria de Proteção Ambiental, foi tomada nesta quinta-feira (28). As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com a publicação, Morelli foi o único dos nove funcionários do mesmo nível hierárquico dessa diretoria a ser exonerado pelo governo. Ele foi o fiscal que assinou o auto de infração e o relatório do flagrante contra Bolsonaro. O ex-funcionário do Ibama também fez uma foto do então deputado federal em um bote dentro da Estação Ecológica de Tamoios, área protegida que não permite a presença humana, em Angra dos Reis (RJ).
Desde o incidente, Bolsonaro chegou a discursar contra a atitude de Morelli, apresentou um projeto de lei para desarmar todos os fiscais do Ibama e chamou o órgão ambiental de “indústria da multa”. Em dezembro do último ano, a superintendência do Ibama no Rio de Janeiro anulou a multou e o processo voltou ao início. A decisão é investigada pelo Ministério Público Federal (MPF).
Procurado pela Folha para esclarecimentos, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu sobre o caso. O Ibama, por determinação do ministro Ricardo Salles, está proibido de responder diretamente à imprensa.
