O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (15) que o Brasil foi aceito pelos Estados Unidos como aliado importante extra-Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Na prática, a medida amplia o status da parceria militar entre os dois países, colocando o Brasil em um rol de países como Israel, Austrália e Argentina.
O anúncio foi feito durante a primeira visita oficial do presidente ao Rio Grande do Sul, onde participou da Festa Nacional da Artilharia, em Santa Maria.
Durante discurso, no final do evento, Bolsonaro disse que estava colhendo os primeiros resultados do encontro com o presidente norte-americano Donald Trump em março, na Casa Branca.
“Com muito orgulho, anuncio que há pouco colhemos um dos frutos da nossa viagem aos Estados Unidos ao ser aceito pelo presidente Donald Trump como grande aliado militar extra Otan, possibilidade que nos permite melhor equiparmos e nos inteirarmos mais, interagirmos mais com o mercado de defesa. Investir nas Forças Armadas é mais do que se possa pensar. É garantir a nossa paz e a nossa tranquilidade”, afirmou o presidente.
Como aliado extra-Otan, o Brasil pode ter acesso a vantagens como participação em projetos de pesquisa e desenvolvimento de defesa e assistência militar.
Mas o novo status não significaria, por exemplo, um compromisso de segurança mútua, com ocorre com os países-membros. A Otan considera que o ataque a um dos integrantes significa um ataque a todos.
Criada em 1949, a Otan é a principal aliança militar do planeta. Foi um contraponto à expansão da influência político-militar da União Soviética.