Dor e dificuldade de movimentar as articulações são sinais de alerta

30 10  Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo

As doenças reumáticas representam o conjunto de diferentes enfermidades que acometem o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Algumas podem comprometer outras partes e funções do corpo humano, como rins, coração, pulmões, olhos, intestino e até a pele. Dentre as mais de cem doenças reumáticas, as mais comuns são a artrose, artrite reumatoide, fibromialgia, osteoporose, tendinites e bursites e outras patologias que acometem a coluna vertebral. Esse grupo de doenças não é transmissível ou contagioso e normalmente é acompanhado de dor.

As doenças reumáticas não ocorrem só em idosos. Crianças, jovens e adultos também podem ser acometidos pela doença. Sua incidência não depende de cor, sexo ou idade e podem ser causadas ou agravadas por fatores genéticos, traumatismos, obesidade, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão e alterações climáticas.

A catarinense Dayane Ferreira, 27 anos, tem artrite reumatoide e recebeu o diagnóstico após perceber algumas alterações em articulações do corpo. “Um dia acordei com o polegar esquerdo rígido e bem dolorido. Achei que não era nada, que podia ter dormido em cima da mão e deixei de lado. Três dias depois acordei com o lado esquerdo do corpo da mesma forma. Até para respirar eu sentia dor”, conta. Dayane já sabia que uma tia que também sofria com a artrite reumatoide, o que facilitou a investigação da doença e o diagnóstico final. “Eu tinha os mesmos sintomas que ela. Quando ao fui ao médico já contei o histórico familiar e fui encaminhada para fazer os exames que confirmaram a doença”, disse.

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Há cinco anos, Dayane Ferreira, foi diagnosticada com artrite reumatoide

A vida de Dayane mudou completamente após a confirmação da doença. “No começo do tratamento minha artrite era muito agressiva. Cheguei a ficar com os movimentos bem limitados. Perdi a força muscular das pernas e sentia muita dor”, conta. Dayane encontrou um especialista no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, em Florianópolis, que a ajudou na recuperação. “Passei a fazer tratamento com medicamentos biológicos e fisioterapia. Logo eu já estava muito melhor, com menos dor e recuperando meus movimentos e atividades diárias”, relata.

Cinco anos depois do susto inicial, Dayane continua o tratamento e consegue ter uma vida com menos limitações. “Tenho algumas sequelas das crises mais fortes, mas consigo ser uma pessoa ativa em meu dia a dia. Hoje tenho 80% menos de dor. Minha artrite está em remissão e, inclusive, já fui liberada para engravidar”, comemora.

As doenças reumáticas, assim como outras enfermidades crônicas, têm tratamento. Se a doença for descoberta no início e tratada de maneira adequada, o paciente reumático pode levar uma vida normal e sem dores, minimizando o risco de incapacidade física. Por isso, ao perceber dor nas articulações, principalmente por mais de seis semanas, acompanhada de vermelhidão, inchaço, calor ou dificuldade para movimentar as articulações (especialmente ao acordar pela manhã), procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Pode ser uma doença reumática.

O SUS garante o diagnóstico e o tratamento das doenças reumáticas. O cuidado inclui tratamentos diversos como exercícios, terapia física e tratamento com o uso de medicamentos. Por isso, é fundamental a combinação de serviços de saúde da atenção básica com os serviços de outros especialistas da Rede de Atenção à Saúde.