Justiça de Pernambuco decidiu aumentar as penas de prisão do trio de canibais que matou e vendeu o corpo de uma jovem em Pernambuco. A decisão foi para as penas estabelecidas em júri popular em 2014 para o trio pelo assassinato da adolescente Jessica Camila da Silva Pereira, à época com 17 anos. O pedido foi feito pelo Ministério Público.
Jorge Beltrão Negromonte da Silveira havia sido condenado a 21 anos e seis meses de reclusão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, além de um ano e seis meses de detenção por vilipêndio. Agora, terá que cumprir 27 anos de prisão e um ano e meio de detenção. Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva haviam sido condenadas, cada uma, a 19 anos de prisão e um de detenção pelos mesmos crimes de Jorge. Com o aumento, penas passam para 24 anos de prisão e um de detenção.
Segundo a procuradora de justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Eliane Gaia, o antigo tempo de prisão foi muito pouco para o trio, uma vez que a juíza penalizou os acusados ‘brandamente’, disse.
Relembre o caso
Jéssica Camila foi assassinada em 2008, em Rio Doce, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, mas o crime só foi descoberto quatro anos depois, em 2012, quando partes do seu corpo foram encontradas na parede da casa dos acusados. Jéssica era vendedora de doces em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e foi escolhida pelo trio por ser considerada um alvo fácil e por ter uma filha. Após o assassinato de Jéssica, Bruna Oliveira se passou pela mãe da criança, falsificando os documentos.
O grupo fazia parte de uma seita chamada “Cartel”, que foi fundada por Jorge Beltrão, e considerava Jéssica impura. Na época, eles alegaram que os crimes faziam parte de um ritual, o qual o corpo da vítima era dividido e o sangue servia como uma “maneira de se purificar”. O grupo também admitiu o consumo da carne humana para que houvesse uma “maior purificação”.