A Petrobras anunciou nessa terça-feira (27) aumento de 3,5% no preço da gasolina em suas refinarias. A alta acompanha a elevação do petróleo e do dólar, que vem subindo nos últimos dias em função da guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Foi o terceiro ajuste no preço do combustível em agosto. No dia 16, o valor de venda pelas refinaria da estatal foi reduzido em quase 6%, ou R$ 0,10 por litro. No primeiro dia do mês, houve aumento de 4%.
Entre o último reajuste e essa terça, o dólar subiu 3,5% em relação ao real e o preço do petróleo teve alta de 2,3%. A companhia ainda não atualizou seu site com os novos valores.
Segundo comunicado aos clientes, ao qual a Folha teve acesso, o reajuste anunciado nesta terça equivale a R$ 0,0561 por litro e entra em vigor nesta quarta (28).
O repasse às bombas, porém, depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras. O valor de venda pelas refinarias equivale a 30% do preço de bomba -o restante são impostos, margens e etanol.
Desde 2017, a Petrobras vem acompanhando as cotações internacionais dos combustíveis, em maior ou menor grau. A política foi bastante criticada em 2018, quando a escalada do preço do petróleo levou a sucessivos reajustes do diesel, culminando com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas.
O preço do diesel não foi alterado. A última modificação foi feita no dia 1º de agosto.
Segundo a Petrobras, os preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras têm como base a paridade de importação, formada pelas cotações internacionais mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo, além de uma margem que cobre os riscos.