PSL planeja eleger centenas de prefeitos no pleito deste ano

Sem o presidente Jair Bolsonaro como principal cabo eleitoral, mas com a estimativa de ter cerca de R$ 203 milhões em caixa para a disputa municipal, o PSL começou a traçar sua estratégia para tentar conquistar ao menos 500 prefeituras em todo o Brasil.

O partido, entretanto, afirma que desde novembro recebeu 14.817 novos pedidos de filiação – dados que, diz a sigla, ainda não foram computados pela Justiça Eleitoral.

As desfiliações já oficializadas pelo TSE se intensificaram em meio ao racha no PSL.

No início de outubro de 2019, Bolsonaro disse a apoiador que o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, estava “queimado pra caramba”.

A declaração do presidente foi o estopim para a crise que vinha se alastrando na esteira das denúncias sobre o esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018, revelado pela Folha de S.Paulo.

À espera da chancela do presidente ao fundo eleitoral de R$ 2,034 bilhões, a atual direção do PSL montou uma espécie de força-tarefa para “colocar o partido em ordem” no país.

Há a avaliação de que, como o PSL terá a maior fatia dos recursos destinados à corrida eleitoral deste ano, a administração do montante terá de ser mais rigorosa. Inevitavelmente, admitem integrantes da sigla, os passos do partido serão acompanhados com lupa.

Uma reunião da executiva nacional foi marcada para o dia 3 de fevereiro. A ideia é que do encontro saia um diagnóstico da situação contábil e jurídica de diretórios municipais do PSL.

O principal objetivo, segundo a cúpula da legenda, é trabalhar para regularizar aqueles que não estejam em dia com a Justiça Eleitoral.

Nessa data, a cúpula do partido também pretende apresentar o calendário do “PSL itinerante”.

Segundo os dirigentes, uma das propostas é a realização de palestras temáticas aos filiados que pretendem disputar uma cadeira de prefeito.

A sigla está selecionando especialistas para debates sobre violência doméstica, segurança pública, combate à corrupção, educação, saúde, desenvolvimento urbano e combate à fome.

“O partido tem quadros importantes em todo o país e tem um verdadeiro projeto de mudança para o Brasil. Estamos focados na expansão do liberalismo econômico para a construção de uma economia forte, no retorno dos investidores, em políticas públicas efetivas para saúde, infraestrutura e educação, além do combate irrestrito à corrupção e ao crime organizado”, diz Bozzella.

Folhapress