O presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) fez, recentemente, um “desafio” para que os governadores dos estados brasileiros zerassem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), em contrapartida, ele anularia os impostos federais e o preço da gasolina diminuiria.
Em entrevista veiculada pela rádio Correio FM, o economista Geraldo Medeiros falou sobre falou sobre a impossibilidade da proposta do presidente.
– A proposta do presidente para que os estados zerem o ICMS, me parece uma medida equivocada dele. Pois, na prática, ele acaba simplificando um problema que precisa ser visto na sua complexidade – disse.
De acordo com o economista, “o ideal seria que não tivéssemos impostos nenhum, que tivéssemos mercadorias em preços mais baixos e que pudéssemos comprá-las”.
– O fato é que é necessário que o Estado, num país subdesenvolvido como Brasil, com tantos milhões de desempregados e com tanta exclusão social, seja enxergado como principal agente econômico e para que aja com políticas de necessidade do povo, ele precisa, portanto, dos impostos – argumentou.
Segundo Geraldo, o que se faz mais necessário é que os impostos recolhidos sejam aplicados diretamente naquilo que a população precisa, de forma racional, e sem corrupção.
– Além da corrupção, ainda temos um grande problema que é a maior parte dos recursos do governo federal vão para o pagamento de juros de dívidas. Milhões são gastos assim. – explicou.
Ainda de acordo com o economista, é preciso mais prudência por parte das medidas proposta pelo presidente.