Secretaria de Saúde explica que diferença de preço dos respiradores da Paraíba e Minas Gerais é pela qualidade do produto, transporte, manutenção e baterias

A Secretaria de Saúde da Paraíba emitiu nota em que esclarece sobre o valor dos respiradores comprados pelo Estado. Após questionamentos em redes sociais sobre a diferença do custo em relação a Minas Gerais, a SES informou que o transporte dos respiradores, os serviços de manutenção e a inclusão de baterias resultam na diferença de preço da aquisição feita pelo Governo de Minas.

Na nota, a Secretaria de Saúde da Paraíba disse que tem duas missões: combater o coronavírus e também a disseminação de fake news “que pessoas sem comprometimento com a sociedade e sem amor ao próximo, transformaram em uma macabra prática de guerra para tentar desestabilizar as autoridades que tomaram posição pelo isolamento social recomendado pela OMS.”

Veja a nota na integra

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

NOTA

Saúde do Estado explica compra dos respiradores e qualidade do produto adquirido
A Secretaria de Estado da Saúde vem a público esclarecer notícias com postagens na internet comparando o valor dos respiradores pulmonares que estão sendo adquiridos na Paraíba com os equipamentos comprados pelo Governo de Minas Gerais. O transporte dos respiradores, serviços de manutenção e inclusão de baterias são alguns dos itens que constam no contrato de compra e que resultam, também, na diferença de preços dos produtos adquiridos pela Paraíba.

A Paraíba tem um plano de contingência que prevê a abertura gradual de leitos, à medida que a doença avança no nosso estado. Para isso, planejamos a compra de respiradores, de forma que os fornecedores pudessem nos atender dentro de certo prazo estabelecido.

A Paraíba comprou, ainda em março, 54 respiradores ao preço unitário de R$ 52 mil, valor inclusive menor do que o Governo de Minas, que está sendo usado como parâmetro para a nossa compra. Só que essa compra foi “confiscada” pelo Ministério da Saúde,  que reteve toda a mercadoria do país para ser redistribuída pelo Governo Federal.

Enquanto isso, o mundo inteiro assistiu à falta de equipamentos no mercado internacional. Todos os países ampliaram suas tentativas de compras de respiradores e outros equipamentos médicos. Assistimos, inclusive, aos EUA confiscar toda compra realizada pelo Brasil. E ainda, neste mesmo período, o dólar disparou e chegou ao maior valor da história. Não precisa lembrar que o produto em questão é totalmente dolarizado.

Diante disso, a Paraíba, junto com os outros estados do Nordeste, se uniram para fazer uma compra única, pelo Consórcio, o que possibilita maiores garantias legais. Então,  aceitamos as condições do mercado e realizamos uma nova compra, de 30 unidades, com valor unitário atualizado de R$ 164 mil. Estes respiradores serão entregues neste fim de semana, e nos permitirão abrir a segunda onda programada, quando passaremos a ter 191 leitos de UTI exclusivos para Covid-19.

Em 15 dias, chegarão mais 75 unidades de respiradores, também adquiridos junto com os outros estados do Nordeste. Ressaltamos, ainda, que a qualidade e as especificações desses produtos são muitos superiores aos adquiridos em Minas quando o dólar estava com um câmbio menor diante do real.

Sobre as diferenças entre os nossos respiradores adquiridos e os de MG, podemos destacar ainda o seguinte:

1. MG optou pela compra FOB (free on board), ou seja, terá de retirar o produto junto ao fornecedor e transportar para cá. Já na nossa compra a entrega será feita aqui na Paraíba;

3. Compra de MG não prevê manutenção pelo vendedor, enquanto a nossa está prevista em contrato por 12 meses;

3- No valor pago por MG não está previsto que os respiradores venham com bateria para garantir funcionamento em caso de queda de energia. Os nossos, sim.

É muito importante que a gente não perca o foco do combate ao Coronavírus. Todos os paraibanos importam e salvar a vida das pessoas sempre será nossa prioridade. Realizaremos tudo com a máxima transparência e responsabilidade.

Temos uma dupla missão neste grave momento: combater o coronavírus e também a disseminação das fakenews, que pessoas sem comprometimento com a sociedade e sem amor ao próximo, transformaram em uma macabra prática de guerra para tentar desestabilizar as autoridades que tomaram posição pelo isolamento social recomendado pela OMS.