Depois, desceu e caminhou para cumprimentar seus apoiadores que estavam em frente ao Planalto. Ele não utilizava máscara, obrigatória no Distrito Federal como medida de combate à Covid-19. Em seguida, andou a cavalo diante de manifestantes. o presidente não deu declarações.
Na domingo passado (24), o presidente também havia utilizado um helicóptero para sobrevoar a área.
Desta vez, uma carreata e pessoas à pé se dirigiram à Praça dos Três Poderes, onde um grupo se aglomerou à espera do presidente da República.
O helicóptero, em um passeio de 40 minutos, deu pelo menos seis voltas na Esplanada e pousou por volta das 12h no Palácio do Planalto. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, acompanhou o presidente. Após cumprimentar apoiadores, em frente ao Planalto, Bolsonaro retornou ao Alvorada de helicóptero.
Como tem ocorrido constantemente, o STF foi o principal alvo das palavras de ordem e das placas carregadas por manifestantes.
Placas afirmavam: “Supremo é o povo” e “Abaixo a ditadura do STF”. Faixas faziam ataques ao Supremo e pediam intervenção militar. Congressistas foram chamados de corruptos.
Manifestantes demonstraram ainda apoio aos ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Abraham Weintraub (Educação). “Fake news não é crime”, dizia uma faixa. O número de manifestantes deste domingo era um pouco maior do que o da semana passada.
Neste sábado (30), sem compromissos oficiais previstos, Bolsonaro também usou um helicóptero, desta vez para visitar cidades de Goiás que ficam próximas a Brasília.
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
De acordo com imagens publicadas por apoiadores nas redes sociais, sem usar máscara, o presidente causou aglomeração em uma lanchonete no município de Abadiânia, contrariando orientações sanitárias e repetindo cenas provocadas por ele durante a pandemia do coronavírús.
No início da madrugada deste domingo, um grupo de pessoas mascaradas carregando tochas protestou em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Os manifestantes eram liderados por Sara Winter, investigada no inquérito contra fake news que tramita no STF.
Ela é um dos líderes do chamado movimento “Os 300 do Brasil”, grupo armado de extrema direita formado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que acampam em Brasília.
Com máscaras, roupas pretas e tochas, o grupo, formado por poucas dezenas de pessoas, desceu a Esplanada e, segundo imagens divulgadas por eles nas redes, se posicionou em frente ao Supremo.
Mais cedo, Bolsonaro voltou a fazer ataques à imprensa em publicação em redes sociais.
“O maior dos FAKE NEWS é o ‘gabinete do ódio’ inventado pela imprensa”, afirmou, em referência ao grupo alvo de investigação no inquérito das fake news.
“Até o momento a Folha, Globo, Estadão… não apontaram uma só fake news produzida pelo tal ‘gabinete’”, afirmou.
Depois, Bolsonaro falou em “mídia podre” e citou ações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre disparos de mensagens em massa de WhatsApp na campanha eleitoral.
“Será que, se eu chamar essa imprensa e negociar com ela alguns BILHÕES DE REAIS em propaganda, tudo isso se acaba?”, afirmou.