Entre os principais desafios estão a desigualdade de aprendizagem — que se acentuou durante a paralisação, pois alunos da rede pública e os mais pobres não tiveram o mesmo acesso a aulas on-line — e a retomada do crescimento da taxa de abandono escolar. Tudo isso num cenário de pouco dinheiro e tempo.
Dez capitais já marcaram a data para a reabertura de escolas entre julho e agosto. A decisão, no entanto, vai na contramão do desejo popular: segundo pesquisa Datafolha, divulgada ontem, 76% dos entrevistados são contrários a reabertura das escolas pelos próximos dois meses.
É consenso entre educadores que o primeiro passo será fazer um diagnóstico da situação. A indicação está no documento com parâmetros de retorno produzido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e também no da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
— O acompanhamento tem que ser feito muito de perto, com avaliações qualitativas, para saber o que chegou de conhecimento ao aluno. E isso tem que ser feito regularmente na pós-pandemia — diz Cláudio Soares, secretário de Educação da Paraíba e um dos coordenadores da Frente Protocolo de Retomada, que reúne os técnicos responsáveis pelo documento do Consed.