Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.
O balanço desta quarta não inclui números de Piauí e Maranhão, que não enviaram seus dados.
O jornal Folha de S.Paulo também divulga a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 784, o que mantém uma posição de estabilidade nos dados, embora com números elevados.
O Brasil tem uma taxa de cerca de 61,4 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 58,4 e 62,7 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
Na semana passada, o Brasil ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (58,8).
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos, tem 54,3 mortes para cada 100 mil habitantes.
A Índia agora é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 73.890 óbitos.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 23,5 mortes por 100 mil habitantes.
Balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (9) aponta 35.816 novos casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, com 1.075 novas mortes.
O total registrado no balanço federal, assim, já chega a 4.197.889 casos, com 128.539 óbitos.
O número de mortes pode ser maior, já que ainda há 2.507 ocorrências em investigação.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.