A juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota, do 2º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, determinou o arquivamento do inquérito que investigou o suposto envolvimento do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) na morte do servidor municipal de João Pessoa, Bruno Ernesto. A informação foi publicada no site Poder PB.
O inquérito foi aberto pelo Ministério Público da Paraíba após denúncia dos pais de Bruno Ernesto, motivada por publicações da ex-mulher de Ricardo, a jornalista Pâmela Bório. Nas redes sociais, ela afirmou que o ex-marido, que era prefeito de João Pessoa na época do crime, teria envolvimento na morte do jovem.
O Ministério Público, após a investigação realizada, não encontrou nenhuma evidência que fundamentasse a acusação e, emitiu parecer pelo arquivamento do inquérito.
O parecer foi do promotor Marcus Antonius da Silva Leite que afirmou verificar-se a “ausência de indícios de participação do ex-governador Ricardo Vieira Coutinho no evento delituoso”. O representante do Ministério Público diz ainda que “as provas reproduzidas não foram suficientes para a propositura da ação penal em desfavor do investigado”.
Desta forma, a juíza Francilucy Mota acatou o parecer do MP, reforçando não vislumbrar “igualmente, qualquer elemento suficiente a embasar uma denúncia”.
Entenda o caso
Bruno Ernesto era diretor de Tecnologia da Prefeitura Municipal de João Pessoa quando foi morto, em um suposto latrocínio, em fevereiro de 2012. Na época, Ricardo Coutinho era o prefeito da Capital paraibana.
O servidor chegava em casa em seu carro, quando foi abordado por alguns indivíduos que o forçaram a entrar no porta-malas do carro. Ele ainda conseguiu entrar em contato com a esposa pelo celular, enquanto era transportado, e ela acionou a polícia. Bruno Ernesto, porém, já foi encontrado morto.
Os suspeitos foram presos e disseram que a ação tinha apenas o objetivo de roubar o carro para vender, mas um deles decidiu matar Bruno no processo.
Pouco depois surgiram diversas denúncias de superfaturamento e pagamento de propina no programa ”Jampa Digital”, da Prefeitura de João Pessoa. O caso chegou a ser divulgado no Fantástico. Foi aí que a ex-primeira-dama, Pâmela Bório, começou a insinuar nas redes sociais que as denúncias do Jampa Digital teriam motivado o homicídio de Bruno e que Ricardo Coutinho estaria envolvido.