Os dados, no entanto, apontam para um processo de desaceleração. Em agosto, foram 463,8 mil pedidos, resultado 18,7% menor do que julho e 18,2% abaixo do registrado no mesmo mês de 2019.
As solicitações do benefício, pago a pessoas que perderam o emprego, começaram a subir em março, após o início das medidas de isolamento social e fechamento do comércio nas cidades por conta do coronavírus.
O pico dos pedidos foi observado em maio. Depois o dado desacelerou. A partir de julho, os requerimentos começaram a apresentar volume menor do que o registrado nos mesmos meses do ano passado.
O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária paga pelo governo a trabalhadores dispensados sem justa causa. O valor do benefício varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.
A pessoa demitida tem quatro meses de prazo para requerer o auxílio no Sine, no portal “gov.br” ou no aplicativo de celular “Carteira de Trabalho Digital”.
No recorte por área da economia, o setor de serviços foi responsável por 43,2% dos pedidos de seguro-desemprego em agosto.
Em seguida, aparecem comércio (26,4%), indústria (14,7%) e construção (9,7%). Agropecuária representa 4,8% do total.
Membros do governo afirmam que a medida colocada em vigor em abril que permite corte de jornadas e salários surtiu efeito. Sem ela, dizem, o número de demissões durante a crise seria muito maior.
O programa autoriza empresas a fazerem acordos com seus funcionários para suspender temporariamente contratos ou reduzir jornadas e salários. Nesses casos, o governo entra com uma compensação em dinheiro para os trabalhadores atingidos.
Até o momento, o governo afirma que aproximadamente 9,7 milhões de trabalhadores tiveram contratos suspensos ou jornadas e salários reduzidos.