Ao menos 380 baleias-piloto que estavam encalhadas em uma baía da Tasmânia, sul da Austrália, morreram, apesar das várias tentativas de salvamento, anunciaram as equipes de emergência nesta quarta-feira (23).
O número indica que a grande maioria dos 460 cetáceos encalhados na baía faleceu nas últimas horas.
“Podemos confirmar que 380 cetáceos morreram”, declarou Nic Deka, diretor do Departamento de Parques e Vida Silvestre da Tasmânia.
“Quase 30 continuam vivos e a boa notícia é que conseguimos salvar 50”, completou.
Quase 500 baleias estão encalhadas na Austrália; equipe acha que grande parte já morreu
Na segunda-feira (21), 270 baleias-piloto foram encontradas encalhadas. Desde então, equipes de resgate trabalharam para tentar libertar os mamíferos de um banco de areia que só pode ser acessado por barco.
Outro grupo, de quase 200 baleias mortas, foi localizado nesta quarta-feira graças a um voo de reconhecimento.
Este é o pior incidente do tipo registrado na Tasmânia, um estado insular da costa sul australiana.
Imagem aérea capturada de um vídeo mostra várias baleias encalhadas ao longo da costa da cidade de Strahan, na Tasmania, nesta quarta-feira (23) — Foto: Australian Broadcast Corporation via AP
Pessoas tentam ajudar uma baleia no porto de Macquarie, na costa oeste da Tasmânia, onde centenas de baleias-piloto morreram encalhadas — Foto: Divulgação/Polícia da Tasmania via AFP
Uma equipe de 60 conservacionistas, voluntários e trabalhadores de unidades de pisciculturas locais participam nas operações de resgate dos cetáceos ainda vivos, que estão parcialmente submersos.
Os socorristas, que passaram dois dias nas águas geladas e pouco profundas, conseguiram liberar 50 baleias, utilizando barcos equipados para guiar os cetáceos de volta ao oceano.
Grupo de baleias-piloto encalhadas em um banco de areia perto de Strahan, na Tasmânia, na segunda-feira (21) — Foto: Brodie Weeding/Pool Photo via APhttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
A operação prossegue em uma luta contra o tempo para tentar salvar outros 30 animais.
“É muito cansativo, física e emocionalmente”, afirmou Deka.
As causas do fenômeno continuam desconhecidas. As 200 baleias encontradas nesta quarta-feira estavam a uma distância de entre sete e dez quilômetros do primeiro grupo. A área de busca foi ampliada para descobrir se mais cetáceos estão encalhados na região.
COM G1