Segundo a família da vítima, o suspeito de ter cometido o crime confessou a morte do menino e apontou o local onde estava o corpo. A confissão veio, segundo a família, após a irmã da vítima ter encontrado o chinelo do adolescente na casa dele.
“Já xinguei ele de desgraçado e falei que matou meu irmão. Saí na rua e chamei os meninos do bairro. Um monte de gente entrou na casa e bateram nele. Quando ele apontou [o lugar onde estava o corpo], eu cavei, cavei, não enxergava mais nada, só queria cavar”, disse Ingrid Pereira da Silva, 26.
A procura pelo adolescente começou na última quarta-feira (23), última vez em que ele foi visto com vida, e teve grande mobilização nas redes sociais. Em postagem, a mãe do menino, Valquíria Inácio, pedia notícias do filho e indicava telefones para recebê-las. “Estamos desesperados”, dizia ela.
Segundo a família, Iury foi visto pela última vez foi por volta das 22h de quarta, quando saiu para andar de bicicleta. A família diz se lembrar bem porque, no horário, passava na televisão um jogo de futebol do Corinthians. Ingrid conta que o irmão queria ser policial, era bom aluno e adorava fazer manobras com a sua bicicleta.
“Ele era um dos alunos mais inteligentes. Era danado, mas só tinha nota boa e muito querido no bairro. Quando ele sumiu, os amigos fizeram camiseta para a família e mobilizaram a internet toda. Tinha tanta gente na porta da casa para ajudar”, afirmou a irmã.
A família diz que após a localização do corpo da vítima, não tiveram mais notícias do suspeito. Quando a polícia chegou, conta Ingrid, só estavam ela, a irmã mais velha e moradores. O homem que admitiu o crime já tinha sido levado para outro local segundo a família de Iury.
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública informou que o crime é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Santos, que realiza diligências para tentar localizar o dono do imóvel onde o jovem foi encontrado. A pasta informou não ter notícias do linchamento do suspeito.
O velório e o enterro de Iury acontece na manhã desta segunda (28), na Osan do Bitaru, em São Vicente.