Inglaterra fecha bares em Liverpool e reativa hospitais de campanha

Diante do ressurgimento do coronavírus que ameaça sobrecarregar os serviços de saúde, as autoridades britânicas decidiram, nesta segunda-feira (12), fechar bares em Liverpool e reativar três hospitais de campanha inaugurados na primavera europeia (outono no Brasil).

Com mais de 42.800 mortes e quase 618.000 casos positivos, o Reino Unido enfrenta uma nova onda de contágios, que agora afeta todo território e faixas etárias.

Determinado a evitar um confinamento geral, o governo conservador decretou restrições locais que agora afetam em torno de 25% da população britânica, especialmente no Norte.

Premiê britânico apresenta plano de restrições para Inglaterra

Premiê britânico apresenta plano de restrições para Inglaterra

Depois de liderar uma reunião de crise, o primeiro-ministro Boris Johnson apresentou aos parlamentares um novo sistema de alerta de três níveis – “médio”, “alto” e “muito alto” –, supostamente para simplificar a atual colcha de retalhos de restrições para a Inglaterra. As outras nações são competentes para aplicar seu próprio dispositivo.

O primeiro nível corresponde a medidas válidas para toda Inglaterra: confraternizações limitadas a seis pessoas e fechamento às 22h, para bares e restaurantes. No “alto”, em áreas atualmente sob restrições locais, reuniões entre diferentes famílias serão proibidas em ambientes fechados. Nas regiões com nível “muito alto”, medidas adicionais serão aplicadas com o apoio das autoridades locais e, se necessário, do Exército.

Na região de Liverpool (quase 1,5 milhão de pessoas), no Noroeste, foi firmado um acordo para o fechamento de pubs, bares, academias e cassinos, enquanto as discussões estão em andamento com as autoridades eleitas de outras áreas do norte da Inglaterra.

“Sei como é difícil, mas não podemos deixar o serviço nacional de saúde na mão quando há vidas em risco”, defendeu o primeiro-ministro conservador, diante da insatisfação de parte de seu campo político.

“Não é assim que queremos viver, mas é o caminho estreito que devemos traçar entre o dano socioeconômico de um confinamento total e o custo econômico de uma epidemia descontrolada”, justificou.

G1