A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) se reuniu, na sexta-feira (16), através do sistema de videoconferência, para apresentar o ‘Manual de Libras para Ciências: A célula e o corpo humano’, elaborado por alunos e professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Durante o encontro, também foi discutido os avanços e fragilidades da educação inclusiva no estado.
A presidente da Comissão, a deputada Cida Ramos, se comprometeu a realizar uma reunião com entidades nacionais com a presença de reitores de diversas universidades do país, para dar visibilidade ao manual elaborado pelos estudantes do Piauí. “A universidade é fundamental para o Brasil. Poder ter a universidade como aliada, para produzir conhecimento e possibilitar que o segmento da pessoa com deficiência possa ter cada vez mais autonomia, é muito importante”, disse a parlamentar.
O manual para ajudar estudantes surdos nas escolas é um material digital que contém ilustrações e uma linguagem adaptada em libras. Bruno Iles, Taiane Oliveira, Rosemary Santos e Jesus Lemos, que produziram o manual, participaram da reunião da Comissão.
“O material foi uma necessidade porque a educação precisa ser aberta a todos. Não importa sua deficiência. Nós temos que buscar uma acessibilidade, tanto pedagógica quanto humana. Precisamos nos colocar no lugar do outro. A nossa educação ainda tem muito a ser conquistada e esse manual vem ajudar na rotina pedagógica. Nós, enquanto ouvintes, temos como oferecer uma inclusão de maneira mais efetiva”, destacou Rosemary Santos.
Segundo Taiane Oliveira, a ideia era facilitar que durante as aulas eles tivessem mais facilidade em ensinar biologia. “Tentamos criar um material que fosse de fácil compreensão e facilitar a comunicação e o ensino. Eu ilustrei de forma simples para ajudar no entendimento. Um material pensado com muito carinho, pois foram dois anos e meio de preparo. Eu fico muito grata em participar dessa produção”, disse.
“O manual é de extrema importância não só para os surdos, mas também para os profissionais da educação, como os professores, os intérpretes e os instrutores de libras. Ele vai privilegiar outras áreas do conhecimento, tais como Medicina, Enfermagem e Psicologia. Áreas estas que também encontram carência de material sobre o assunto e que têm histórico de dificuldade em realizar atendimento à pessoa com surdez”, ressaltou Bruno Iles.
Com Agência ALPB